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IPI menor para carros vale até o fim do ano

Dilma Rousseff aproveita Salão do Automóvel para anunciar benefício, que visa dar fôlego à retomada da economia

É a segunda prorrogação do benefício, anunciado em maio e que se encerraria no dia 31

EDUARDO SODRÉ
FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem a prorrogação do desconto do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de carros de passeio e comerciais leves.

O benefício, que estava previsto para terminar no fim deste mês, foi estendido até 31 de dezembro.

Essa é a segunda prorrogação do benefício tributário desde seu anúncio, em 21 de maio. Na ocasião, foi reduzida de 7% para zero a alíquota do IPI de veículos de até mil cilindradas, de 13% para 6,5% dos veículos entre 1.000 e 2.000 cilindradas e de 4% para 1% de comerciais leves.

Cleodorvino Bellini, presidente da Fiat e da Anfavea (associação dos fabricantes), disse que foi uma surpresa o anúncio ter sido feito pela presidente. Em outras ocasiões, a medida foi divulgada pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento.

"Essa era a ponte que esperávamos para fechar o ano e começar bem 2013, com o novo regime automotivo", disse Belini.

A manutenção das taxas reduzidas tem o objetivo de consolidar a retomada do mercado automotivo e, consequentemente, dar fôlego à recuperação da economia.

Em agosto, foi registrado recorde de vendas, com 405 mil unidades emplacadas. Mas em setembro as vendas recuaram 31%. Economistas suspeitam que a queda tenha ocorrido devido à antecipação de compras. Assim, o desempenho do setor no último trimestre se tornou importante para confirmar a saída do país da desaceleração.

Graças ao incentivo, os emplacamentos aumentaram 5% neste ano. Segundo Belini, 2012 deve fechar com alta de 5% nos emplacamentos.

IMPORTADOR RECLAMA

Na abertura do Salão do Automóvel de São Paulo, a presidente Dilma ouviu críticas ao novo regime automotivo feitas por Flávio Padovan, presidente da Abeiva (associação dos importadores de veículos). Para ele, a norma "alija o setor de importados, que representa apenas 3% das vendas".

Pelas novas regras, marcas que não têm unidades no país só podem importar 4.800 carros por ano. O que passar da cota é sobretaxado.

"O carro importado, além de ser a porta de entrada de novas tecnologias, estimula a evolução do produto nacional e baliza preços", disse.

Em seu discurso, a presidente defendeu o estímulo à instalação de novas indústrias no país: "O país vai continuar importando, mas o que não vamos fazer é colocar as importações acima de tudo", afirmou.

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