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Globais passam a disputar nuvem no Brasil

Multinacionais de tecnologia se instalam no país ou ampliam oferta de serviços; mercado pode quintuplicar até 2015

Gigante americana Oracle anuncia que vai disputar com Amazon setor em que clientes usam seus servidores

MARIANNA ARAGÃO
ENVIADA ESPECIAL A SAN FRANCISCO

O mercado de computação em nuvem está finalmente deixando de ser uma promessa no Brasil e entrando na estratégia das principais multinacionais de tecnologia.

Nos últimos meses, gigantes globais do setor se instalaram ou ampliaram no país as ofertas desse serviço, pelo qual é possível usar software e infraestrutura como serviços, pagando mensalidades.

Esse mercado deve quintuplicar até 2015, totalizando US$ 800 milhões, segundo dados da consultoria IDC.

No início de outubro, em sua conferência anual na Califórnia, a Oracle anunciou a entrada no mercado de infraestrutura na nuvem -a tecnologia permite que empresas armazenem seus dados em servidores e redes da Oracle, com pagamento mensal.

Com a nova oferta, a companhia passa a concorrer diretamente com a Amazon Web Services (AWS), braço da varejista norte-americana que inaugurou escritório no Brasil há menos de um ano.

O UOL Diveo, empresa do Grupo Folha líder entre as nacionais no mercado de infraestrutura, diz ver com naturalidade a concorrência.

"Trabalhamos com uma oferta completa, que alia a nuvem ao ambiente físico, à telecomunicação e à gestão de aplicações, o que nos permite atender a todos os tipos de clientes, dos menores aos com demandas mais complexas", diz Thiago Charnet, diretor de arquitetura de soluções e produtos.

PEQUENAS EMPRESAS

A Oracle estima que a receita obtida com todas as modalidades de nuvem chegue a US$ 1 bilhão em 2012.

No Brasil, a companhia se esforça para conquistar pequenas e médias empresas, diz Mark Hurd, presidente mundial da companhia.

"O conceito básico é só pagar quando usa. Isso dispensa um investimento inicial alto em equipamentos e licenças de uso de software", diz Anderson Figueiredo, gerente de pesquisas da IDC Brasil.

"A nuvem atravessou o período do modismo, onde todos falavam mas ninguém de fato implementava", diz Alexandre Kazuki, diretor da HP. Ele prevê que, em dois anos, 30% dos gastos em TI das empresas serão para a nuvem.

Segundo Laércio Cosentino, presidente da Totvs (empresa nacional líder em softwares de gestão empresarial), a proporção de clientes que optam por usar a nuvem sairá dos atuais 10% para mais de 50% nos próximos anos.

Segundo o IDC, as receitas com softwares na nuvem devem crescer a um ritmo anual de 77% no Brasil até 2015. O faturamento de infraestrutura na nuvem terá expansão de 72% por ano.

A repórter MARIANNA ARAGÃO viajou a convite da Oracle

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