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Fundos ampliam risco para manter ganho

Gestores elevam participação de crédito privado em aplicações de perfil mais conservador, como renda fixa e DI

Especialistas dizem que é preciso estudar mais a escolha de um fundo, para saber onde o dinheiro é investido

FILIPE OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A queda nos juros trouxe um desafio para duas aplicações que costumavam ter perfil conservador, os fundos de renda fixa e DI: como alcançar a antiga rentabilidade e manter os riscos aceitáveis?

Esses fundos tiveram seus ganhos comprometidos e, para continuar no mercado, "turbinaram" a carteira, o que não é possível sem reduzir a segurança da aplicação.

Para isso, os gestores "emprestam" para bancos e empresas menores, que, como prêmio pelo risco de não honrar a dívida e pela menor liquidez dos títulos (que são mais difíceis de serem negociados), dão maior retorno.

O problema é que muitos cotistas não sabem o risco que estão correndo.

"Antes era muito fácil. Agora a renda fixa precisa de boa participação de crédito privado e de prazos maiores", diz Fausto Filho, gestor da XP.

Para Beto Domenici, estrategista da Rio Bravo, alguns gestores estão muito vorazes na escolha de títulos, indo até o limite máximo permitido.

O professor de finanças do Insper, Michael Viriato, alerta para a necessidade de um estudo maior para escolher um fundo, além de conhecer o histórico do gestor e saber em quais empresas aplica.

Para Samy Dana, professor da FGV-SP, a indústria de fundos busca mais risco para poder manter as taxas elevadas de administração, que ficaram mais aparentes com a queda nos juros.

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