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Tesouro Direto é boa opção para longo prazo

Aplicação tem rendimento maior se for mantida até o vencimento

Risco é baixo porque papéis são garantidos pelo governo; títulos são atraentes mesmo com juros menores

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a redução da taxa básica de juros (Selic), investidores procuram seus gerentes em busca de meios para manter os seus rendimentos.

"Não há uma solução ideal", diz Fabricio Tota, gerente de home broker da Socopa.

Para ele, porém, o Tesouro Direto segue como uma alternativa vantajosa, sobretudo se a pessoa considera o resgate no longo prazo.

"Se o objetivo é proteger seu capital da inflação e ter bom rendimento, o Tesouro Direto cumpre o papel."

Segundo ele, o investimento é particularmente atraente porque envolve um risco teoricamente nulo: como é o governo quem garante o título, o país precisaria falir para haver calote.

Alguns investidores, porém, consideram que o Tesouro já não é tão promissor, como o diretor de fotografia Daniel Carlos De Moraes, 27.

Ele comprou no ano passado títulos com vencimento em 2021, mas neste ano não fez outra aplicação.

"Antes rendia mais, uns 12%. Hoje em dia mal chega a 10%. Decidi analisar outros investimentos", diz.

TIPOS

Para Letícia Camargo, planejadora financeira pelo IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros), é importante diferenciar títulos disponíveis.

"Geralmente se fala em Tesouro Direto como se fosse uma coisa só, mas você tem três tipos: os indexados à inflação, os prefixados e os indexados à Selic", afirma.

Camargo diz que o investimento não é tão divulgado porque os bancos não têm interesse em oferecê-los, já que possuem fundos de investimento com taxas altas que envolvem títulos públicos.

No caso das corretoras, muitas optam por não cobrar taxas em operações com Tesouro Direto como forma de atrair novos clientes.

Para Camargo, o investidor deve ter um objetivo em mente quando faz a aplicação.

"Se você quiser comprar uma casa daqui a dois anos, adquira um título com vencimento perto dessa data", afirma. Assim, o cliente não perde parte do rendimento com resgate antecipado.

Camargo afirma que os brasileiros estão começando a se acostumar à ideia de que não há mais investimentos de curto prazo com juros elevados sem risco algum.

"Nos EUA, onde a taxa de juros real chega a ser negativa, qualquer velhinho considera investir na Bolsa", diz.

"Nós estamos nos acostumando aos poucos por aqui. E o Tesouro Direto é uma boa alternativa porque o risco é próximo a zero."

(MARCELO ALMEIDA)

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