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A partir de quanto é melhor investir em títulos públicos do que na poupança?

G.L., de Guarulhos (SP)

RESPOSTA DO CONSULTOR DE FINANÇAS WILLIAM EID JUNIOR - Antes de falar em valores, façamos contas.

Vamos imaginar um custo de 0,8% para a negociação de títulos governamentais no Tesouro Direto. E, para efeito de comparação, vamos considerar que o título em análise é uma LFT, que é um título pós-fixado que rende a variação da Selic, a taxa básica de juros da economia.

Como temos hoje uma Selic de 7,25%, então você terá, mantidas as condições atuais, uma rentabilidade anual de 6,45%.

Supondo que você deixe o dinheiro lá por mais de dois anos para se beneficiar da menor alíquota de Imposto de Renda (15%), a rentabilidade líquida será de 5,48%.

E a poupança? Como a Selic está abaixo de 8,5%, ela rende 70% da Selic mais a TR, que podemos supor em torno de 0,35% ao ano.

Assim, a poupança vai render 5,07% + 0,35% = 5,42% ao ano. Um pouco abaixo do Tesouro Direto.

E quanto você precisa ter para investir no Tesouro Direto? Muito pouco.

O valor mínimo é um percentual do valor do título, mas gira em torno de

R$ 80 para investimentos normais e R$ 30 para aplicações agendadas.

Mas você deve tomar alguns cuidados. O primeiro é lembrar que o Imposto de Renda sobre as aplicações varia conforme o prazo do investimento. Para prazos curtos, ele é de 22,5%, o que torna a poupança mais vantajosa.

Também é importante levar em conta as taxas de negociação e custódia cobradas pelas corretoras. Elas variam. Um índice praticado por algumas corretoras é 0,8%. Pesquise bem.

No site do Tesouro Direto há mais informações.

Um último cuidado: se você tem aplicações na chamada poupança antiga, que rende 0,5% ao mês mais TR, deixe o dinheiro lá. O rendimento é muito bom.

IMÓVEIS 1

Como faço para escolher um fundo imobiliário? Como sei se as cotas não estão muito caras depois de tanta valorização dos imóveis?

M. P., de São Paulo (SP)

RESPOSTA - Antes de pensar no valor da cota, há outros fatores a considerar. Há diversos tipos de fundo.

Exemplos: o de incorporação, que é o que ainda vai construir o imóvel, o de renda, em que já há o aluguel, o de monoempreendimento, em que há só um imóvel, e o de múltiplos empreendimentos, no qual há diferentes imóveis na carteira. Cada um tem riscos diferentes.

Quanto ao valor, não há receita. A única forma é ver qual ou quais imóveis estão na carteira e avaliar se no seu entender estão ou não caros em relação ao valor da cota. E é preciso avaliar outros riscos, como a liquidez.

IMÓVEIS 2

Tenho R$ 300 mil aplicados num fundo DI com taxa de 0,5%. Pago R$ 1.500 de aluguel e quero comprar um imóvel de R$ 500 mil. Tenho acesso a uma taxa de 7,7% para financiamento imobiliário. Devo comprar agora financiando R$ 200 mil ou continuar poupando -poupo R$ 3.500/mês- para comprar à vista?

A.C., de Brasíla (DF)

RESPOSTA - Fazendo uma conta simples, você tem rendimentos líquidos de IR de R$ 1.400 no fundo DI. O financiamento vai custar R$ 1.240 por mês. Isso significa que comprar hoje o imóvel custará R$ 2.640 ao mês. Subtraindo o aluguel que paga, dá R$ 1.140 por mês de custo adicional para mudar. Se você for poupar o valor para a compra à vista, levará uns 50 meses. E aí deixará de receber o rendimento mensal dos R$ 500 mil, igual a R$ 2.330, mas também deixará de pagar o aluguel, o que resultará num custo mensal de R$ 830,00. Sem levar em conta outros fatores, a opção de poupar é melhor em termos financeiros.

Eu invisto em

Facundo Guerra, dono de casas noturnas

"Tudo que ganho ou tenho é reinvestido na expansão do meu grupo, no ramo do entretenimento noturno. Assim transformo minha vida, me divirto e tenho rentabilidade maior do que na Bolsa"

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