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Incubadora seleciona projeto social e tecnológico

USP Leste quer tirar do papel 14 boas ideias de pequenas empresas

Escolhidos terão acesso à estrutura da incubadora e orientação de professores, além de atividades com o SEBRAE

Karime Xavier/Folhapress
Laís de Azevedo (esq.) e Tássia Chiarelli, que tiveram o projeto OPA! (Orientação Particular e Acompanhada) incubado na USp
Laís de Azevedo (esq.) e Tássia Chiarelli, que tiveram o projeto OPA! (Orientação Particular e Acompanhada) incubado na USp

FILIPE OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com o objetivo de tirar do papel boas ideias e ajudar pequenas empresas a crescer, a Incubadora de Negócios Sociais da USP Leste selecionará 14 projetos em 2012.

Para isso, um edital será aberto até o fim do ano no site da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades). A condição para poder se inscrever é que o projeto seja social e tecnológico.

Os escolhidos ficarão incubados por um tempo a ser definido nas próximas semanas, mas que deve ser de pelo menos seis meses.

Nesse período, terão acesso à estrutura da incubadora (escritório), orientação de professores da escola e atividades com entidades parceiras, como Sebrae e Endeavor.

PRIMEIRAS EMPRESAS

O projeto teve sua etapa de testes em 2012, restrito a seis empresas que saíram de dentro da universidade e ficaram incubados por oito meses, renováveis por mais seis.

Entre elas, algumas ainda eram apenas ideias quando selecionadas. A OPA! (Orientação Particular e Acompanhada), por exemplo, praticamente nasceu incubada.

O projeto foi desenvolvido por Tássia Chiarelli, 24, formada em gerontologia em 2011, e pela estudante de marketing Laís de Azevedo, 22.

A vontade de fazer a empresa surgiu em curso de extensão da faculdade, diz Chiarelli. A empresa tinha, a princípio, o objetivo de levar cultura e atividades sociais ao público idoso a partir da internet.

Na incubadora, a partir de orientações sobre plano de negócios e pesquisa de mercado, mudaram seu público para aposentados em geral.

"A gente tinha a ideia de ter um projeto social, mas não sabia como transformar isso em business", diz Chiarelli.

Agora, com página no Facebook na rede, preparam sua primeira atividade cultural: oficinas de origami, que depois serão vendidos em praças. O que for arrecadado será destinado à compra de material escolar por instituição beneficente.

Também desenvolverão textos e vídeos para o público do futuro site. "Queremos transformar o tempo disponível em tempo aproveitado." A renda da empresa virá principalmente de patrocínio.

INDEPENDÊNCIA

"Não imaginava estar com a empresa no ponto em que estamos hoje sem a incubadora", diz Ricardo Sudário, 22, sócio da Quanti.ca. A empresa tinha cerca de um ano quando foi incubada.

Criada por alunos de sistemas de informação, a empresa desenvolve plataformas para ensino a distância e treinamento profissional. Um dos focos do serviço é a acessibilidade de pessoas com deficiência, afirma Sudário.

A ideia da Quanti.ca surgiu de uma demanda da própria universidade, que foi a primeira a utilizar plataformas digitais criadas por eles.

De positivo na experiência da incubadora, ele destaca a possibilidade de ter contato com ex-alunos, professores, outras empresas e pessoas do mercado.

Com bancas de avaliação próximas para saber se continuará na incubadora, Sudário diz que, seja qual for o resultado, a empresa já é capaz de continuar sozinha.

Ele também destaca o lado social do projeto. Essa preocupação aparece no desenvolvimento de projetos a custo menor para clientes que não teriam acesso, afirma.

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