Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Grande SP lidera desigualdade de renda entre brancos e negros

Diferença de ganhos é de 40%, segundo estudo do Seade/Dieese

THIAGO SANTOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O valor da hora trabalhada é 39,89% menor entre a população de homens negros do que entre não negros (brancos e amarelos) da região metropolitana de São Paulo, segundo pesquisa do Seade/Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Enquanto a média na região para os não negros é de R$ 11,53 por hora trabalhada, o valor é de apenas R$ 6,93 para os trabalhadores negros.

Essa é a maior diferença de rendimentos apontada em um levantamento realizado em sete regiões metropolitanas do país. Em todas elas, apesar da diminuição da diferença de renda entre as duas parcelas de trabalhadores, os negros ainda têm remuneração mais baixa.

Segundo o Seade/Dieese, isso ocorre por uma maior participação dessa população em empregos precários (com menor exigência de qualificação profissional, rendimentos mais baixos, piores condições de trabalho e menor valorização social).

Em todas as regiões, a parcela de trabalhadores na construção civil e nos serviços domésticos -setores com maior precarização do emprego- é maior entre a população negra.

Na região metropolitana de Porto Alegre, por exemplo, a parcela de mulheres negras no serviço doméstico chega a 23,4%, enquanto a de não negras é de 10,3% -diferença de 13,1 pontos percentuais.

"Pela pesquisa, podemos perceber que o crescimento da economia é inclusivo, trazendo uma parcela maior da população negra para a classe média, mas, por si só, não será capaz de eliminar as desigualdades do nosso país", afirma Alexandre Loloian, coordenador da pesquisa em São Paulo.

EVOLUÇÃO

A diferença de remuneração da hora trabalhada caiu em quase todas as regiões pesquisadas no período entre 2009 e 2011, de acordo com o levantamento do Seade/Dieese.

A mudança mais dramática ocorreu na região metropolitana de Salvador, onde a população não branca apresentou queda nos rendimentos de 18,78% entre mulheres não negras e de 19,52% entre homens. Já para a população negra, houve crescimento de 5,12% entre as mulheres e de 1,65% entre os homens.

A exceção ficou por conta da Grande Recife. No mesmo período, o valor da hora trabalhada cresceu 17,18% entre mulheres não negras e 22,6% entre homens.

O crescimento entre negros foi de 11,47% para mulheres e de 13,02% para os homens, acentuando as diferenças na região.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página