Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Desenvolvimento cresce no país, mas disparidade regional continua

DO RIO

Na última década, 2.055 municípios brasileiros -ou 36,9% do total- passaram à condição de desenvolvimento moderado e alto, segundo o IFDM divulgado pela Firjan.

São os casos de Cuiabá (MT), Alvinlândia (a 416 km de SP) e Angra dos Reis (RJ). Na capital e nos dois municípios, o grau de desenvolvimento passou de regular em 2000 para alto em 2010.

No período, o Brasil passou por um ciclo de crescimento econômico, com inflação sob controle, geração de empregos e ascensão de 40 milhões à classe média.

A média brasileira do IFDM atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009. A geração de emprego e renda foi o que mais favoreceu, mas ainda está concentrada em 52,2% dos municípios.

A variável educação avançou 2,5%, com crescimento em 81,5% das cidades. Já na saúde, o indicador ficou estável, com crescimento de 0,9%. O destaque ficou para a quantidade de consultas pré-natal. Em 70% do país, elas são sete ou mais por mãe.

Subiram as fatias de municípios com desenvolvimento alto e moderado, e caíram as de desenvolvimento regular e baixo (veja quadros).

Apesar disso, as mudanças não foram suficientes para extinguir a divisão do país nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste com as regiões Norte e Nordeste, mantendo a desigualdade nacional.

DOIS BRASIS

"O Brasil ainda é um país dividido em dois, porém menos desigual. O desafio para esta década é levar o desenvolvimento ao interior do Nordeste e aos extremos do Norte", disse Guilherme Mercês, economista da Firjan.

Para o presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski, a equiparação só será alcançada quando houver, por exemplo, distribuição igualitária das receitas públicas.

"A responsabilidade pelo desenvolvimento de um município é também dos Estados e do governo federal", disse.

Na última década, a região Sul se consolidou como a mais desenvolvida do Brasil, mas é no Sudeste que se concentram as cidades mais desenvolvidas: 86 dos 100 maiores IFDMs são da região.

O Estado de São Paulo tem o maior número de municípios em melhor situação.

O desenvolvimento da região Centro-Oeste cresceu na última década e se aproximou do patamar registrado pelo Sudeste. Dos 465 municípios da região Centro-Oeste, 70,3% -ou 327- ascenderam à condição de desenvolvimento moderado e alto.

O maior propulsor é o agronegócio: soja, milho e silvicultura (produção de árvores para celulose e madeira).

As regiões Norte e Nordeste têm os seis únicos municípios com baixo desenvolvimento do país.

São eles: Jordão (AC), São Paulo de Olivença (AM), Tremedal (BA), Bagres (PA), Porto de Moz (PA) e Fernando Falcão (MA).

Segundo o estudo da Firjan, em 2010, as cidades, juntas, somaram 3.200 empregos formais para uma população de 120 mil habitantes. A que mais gerou empregos com carteira assinada -três- foi Bagres.

No Nordeste, 97,8% ou 1.748 municípios apresentaram crescimento do IFDM. Foi a maior evolução entre as regiões. Ainda assim, 67,6% das cidades apresentam nível de desenvolvimento baixo ou regular.

O pior resultado ficou com a região Norte, que tem a maior fração de municípios com desenvolvimento baixo ou regular.

Além disso, 8% regrediram. Na região, apenas as capitais Palmas (TO) e Porto Velho (RO) são de alto desenvolvimento.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página