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Cesp recusa renovação e limita plano de Dilma para baratear luz

SP julgou que acordo era inviável em 3 usinas; com isso, redução da energia pode não chegar a 20%

Eletrobras, de controle estatal, aderiu a proposta do governo; ações da companhia paulista subiram 8,9%

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

Uma decisão da Companhia Energética de São Paulo colocou ontem o primeiro obstáculo nos planos do governo federal de reduzir em 20% na média o custo da energia elétrica no país.

Para baratear a luz, a presidente Dilma tem dois instrumentos. O primeiro, já usado, foi retirar encargos federais da conta de luz. O segundo não depende dela: convencer as empresas do setor a baixar seus custos, em troca de renovar as concessões que terminariam nos próximos anos. Ou seja, elas faturariam menos, mas ganhariam o direito de explorar a companhia por mais tempo.

O prazo para que as empresas aceitem termina hoje. No entanto, a Cesp considerou economicamente inviável aceitar a proposta no caso de três usinas que, juntas, somam 25% da energia em questão.

Sem elas, a previsão de analistas é que a redução de tarifa não passe de 18%.

A decisão da Cesp jogou água na já esperada adesão da Eletrobras, que responde por quase 70% das renovações. Mais da metade das ações do grupo são da União.

Exatamento por isso, minoritários pediram que a União fosse impedida de votar. Segundo eles, interesses do governo suplantariam os de acionistas: a renovação reduz o faturamento futuro das empresas, derrubando o preço dos papéis e os dividendos pagos (uma vez que eles dependem dos lucros).

Ontem, por exemplo, as ações da Cesp, que haviam caído 37% desde o plano de corte de tarifas, subiram 8,9%. As ações da Eletrobras já caíram quase à metade desde o anúncio pela MP e ficaram estáveis.

Além de Cesp e Eletrobras, a Cemig é relevante para que os planos do governo se cumpram. A empresa deve decidir hoje se adere à renovação.


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