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'NYT' processa Huffington Post nos EUA

Publicação acusa o site de violar direitos autorais em blog sobre assuntos familiares criado por ex-funcionária

Antes responsável pela página Motherlode, Lisa Belkin agora terá o espaço Parentlode, sobre o mesmo assunto

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Huffington Post vai responder na Justiça por um lance na disputa com a concorrência por leitores na internet. O "New York Times" acusa o site de violar direitos autorais no seu novo blog sobre assuntos familiares.

O Parentlode é comandado por Lisa Belkin, que deixou o "Times" rumo ao Huffington Post no mês passado, e o motivo do processo é justamente a trajetória dela.

No jornal, Belkin assinava um blog sobre o mesmo tema, chamado Motherlode.

Para o "New York Times", a semelhança do nome da nova página pode levar leitores a uma confusão com o blog original, criado há três anos.

"Ao chamar a atenção para a suposta relação entre os blogs, Belkin claramente teve a intenção de criar associação na cabeça do leitor entre os dois blogs concorrentes", diz o jornal no processo.

Belkin explicou no lançamento da página que a escolha do nome era mais adequada que Motherlode numa época em que a figura do pai tem papel mais ativo na criação dos filhos (Parentlode é uma referência a "parents", pais, em inglês, em contraposição, a "mother", mãe).

Ela também considerou a decisão mais coerente diante dos temas sobre igualdade abordados nos textos.

"O 'Times' não estava inclinado a mudar isso, mas, se eu estivesse escolhendo hoje, escolheria [um nome] mais inclusivo. Parece que estou escolhendo hoje, então, bem-vindos ao Parentlode", escreveu na estreia do novo blog.

Advogados do "New York Times" escreveram, após o lançamento, uma carta para a AOL pedindo que a empresa, dona do Huffington Post, desistisse do nome e retirasse um link para o blog concorrente publicado na nova página. O link foi removido, mas o nome permaneceu.

O Huffington Post anunciou a contratação de Belkin com um pacote de novas seções. O site criou outros três espaços para assuntos específicos, como casamento e a página para o público gay.

Na época, a empresa anunciou ter ultrapassado, pela primeira vez, 1 bilhão de acessos em um único mês. O Huffington Post foi comprado pela AOL em fevereiro por US$ 315 milhões.

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