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Além do fundo do mar

Megalicitação da Petrobras de sondas de perfuração deve girar até US$ 20 bi e incentivar a construção de estaleiros

PEDRO SOARES
DO RIO
IVAN LUIZ
DE SÃO PAULO

Até agora, todas as sondas de perfuração de poços de petróleo que atuam no país são importadas e consomem divisas de US$ 500 mil ao dia -aluguel do equipamento.
Diante do volume de sondas necessárias à exploração do pré-sal, a Petrobras estimula a produção doméstica, lançando mão de uma das maiores licitações de sua história para a contratação de 21 sondas -7 já foram encomendadas antes.
Dependendo dos vencedores, a encomenda -que movimentará até US$ 20 bilhões- tem potencial de culminar com a construção de dois ou três estaleiros, com investimentos de US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões.
Os estaleiros vão ser erguidos por grupos que estão associados à Sete Brasil -favorita para vencer a licitação.
A companhia foi criada para investir em sondas e alugar os equipamentos à Petrobras. É controlada por um pool de bancos e pela Petrobras.
Um exemplo é o da Odebrecht, que estima investir R$ 2 bilhões em um estaleiro na Bahia, com OAS e UTC.
O investimento será feito caso a Sete Brasil saia vencedora e a subcontrate para operar e construir.
Há previsão de instalação de estaleiros em Pernambuco, no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e em Alagoas. Nem todos, porém, devem sair do papel.
A expectativa inicial da Petrobras era concluir a licitação em outubro. Mas uma concorrente da Sete Brasil, a OceanRig, ofereceu lance mais baixo para a construção de um lote de cinco sondas.
A Sete Brasil apresentou recurso, alegando falhas na proposta. A Petrobras ainda analisa a questão.
A OceanRig é associada ao grupo Sinergy, do empresário German Efromovich, que já teve problemas em licitações. O grupo controla os estaleiros Eisa e Mauá, no Rio, e estuda criar um em Alagoas.

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