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Governo prevê 4 leilões de energia em 2013

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, 3 devem ocorrer no primeiro semestre; em 2012, procura foi pequena

Executivo também decidiu relicitar a usina Três Irmãos, cuja concessão não foi renovada pela Cesp

NATUZA NERY JÚLIA BORBA DE BRASÍLIA

O governo decidiu retomar os leilões de energia para aumentar a geração no país. O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, disse à Folha que estão previstos quatro pregões para contratar energia nova neste ano. Em 2012, houve apenas um, e a procura foi pequena.

Ainda que os resultados não sejam imediatos, porque essa energia só entrará no sistema dentro de três a cinco anos, demonstra preocupação do governo em aumentar a geração no médio prazo.

Três desses leilões já foram definidos para este semestre; a quarta rodada será para contratação de energia reserva, ainda em estudo.

O Executivo também decidiu relicitar a usina Três Irmãos (SP), que está sob comando da Cesp. A estatal paulista não quis renovar a concessão, no ano passado.

Para renovar os contratos, o governo exigiu, por exemplo, a aplicação de uma tarifa menor para remunerar a geração de energia. O objetivo era viabilizar o prometido desconto médio de 20% na conta dos consumidores.

Um dos leilões deste ano estará focado em incluir no sistema a energia da usina hidrelétrica de Sinop, que será construída no norte de Mato Grosso. Os demais contratarão fontes eólica, biomassa, hídrica e gás, entre outros.

O governo não teve sucesso no leilão de 2012 porque, naquele momento, houve muita oferta e baixa demanda. Segundo Tolmasquim, as distribuidoras estavam esperando energia já contratada, embora não entregue, das usinas do Grupo Bertin, e por isso não puderam fazer novos lances na ocasião.

A Aneel teve de interromper essas concessões, porque o grupo não concluiu as obras previstas. Isso deixa agora as distribuidoras livres para buscar novas fontes de energia. "Estamos otimistas com a demanda dos três leilões. Ainda vendo o quarto."

CHUVAS

Ainda nesta semana, após registro de chuva nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, consideradas a "caixa-d'água" do Brasil, o nível dos reservatórios ainda está muito próximo ao limite mínimo de segurança do sistema.

"Estamos passando por um momento em que a hidrologia está tão ruim quanto em 2001, mas dessa vez não haverá racionamento", afirmou Tolmasquim.

Ele afirmou que, neste ano, está prevista uma oferta adicional de 9.000 MW no sistema elétrico brasileiro, mais que o dobro do acréscimo anual de potência instalada nos últimos anos.


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