São Paulo, terça-feira, 01 de março de 2011

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Magazine Luiza anuncia estreia na Bolsa

Terceira maior rede varejista do país pretende levantar pelo menos R$ 2 bi com a venda de ações no início de abril

Recurso será usado em aquisições e reformas; Luiza Trajano deve ter sua participação na empresa reduzida

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Agora é oficial. O Magazine Luiza, terceira maior rede varejista do país, decidiu negociar ações na Bolsa.
A varejista pretende levantar pelo menos R$ 2 bilhões dos investidores já no início de abril. O montante e o timimg não estão definidos ainda e vão depender do desenrolar da crise no mundo árabe, que tem reduzido o apetite pelas Bolsas.
Os recursos captados serão utilizados para reforçar o caixa, reformar lojas antigas e abrir novas unidades, além de comprar redes varejistas de alcance regional, incluindo lojas virtuais.
Os donos, entre eles Luiza Helena Trajano, que comanda a rede varejista, também devem embolsar parte do dinheiro captado, reduzindo sua participação na empresa.
A estreia do Magazine Luiza na Bolsa é uma das mais aguardadas e tem tudo para se tornar a maior venda de ações na Bolsa neste ano.
A operação é coordenada pelos bancos BTG Pactual, Itaú BBA e BB Investimentos.

PREPARAÇÃO
Para levantar dinheiro no mercado de capitais, o Magazine investe na profissionalização e na transparência da gestão desde 2005, quando o fundo dos EUA Capital entrou na empresa ao comprar participação de 12,36%.
A abertura de capital do Magazine Luiza só não saiu antes por conta da crise financeira e porque Luiza Helena queria consolidar a presença da rede em São Paulo, onde abriu 46 lojas em 2008.
Focado na classe C, o Magazine Luiza atende um público de 22,8 milhões de pessoas em 604 lojas no país. A rede emprega 21 mil funcionários, que terão subsídio na compra de ações.
No ano passado, o Magazine Luiza teve faturamento de R$ 5,79 bilhões -atrás da Máquina de Vendas (R$ 6 bilhões) e do Pão de Açúcar (R$ 23,48 bilhões).
Desde 2008, com a fusão de Pão de Açúcar e Ponto Frio, o varejo brasileiro tem passado por forte movimento de consolidação. As redes nacionais procuram se fortalecer contra a entrada de gigantes estrangeiros, que podem desembarcar no Brasil.


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