São Paulo, terça-feira, 01 de março de 2011 |
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Fapesp faz convênio com laboratório Fundação faz parceria com Biolab para custeio de pesquisa em universidade e produção de medicamentos Programa da Fapesp de parceria entre empresa e universidade levantou R$ 48 milhões em 43 convênios em 2010 MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO O laboratório Biolab e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) firmaram parceria para o financiamento de pesquisas farmacêuticas em universidades. É a primeira parceria da Fapesp com um laboratório para a produção de medicamentos e faz parte de um programa de promoção de laços entre instituições acadêmicas e empresas, o Pite (Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica). Em três anos, a fundação paulista e a Biolab investirão juntas R$ 5 milhões (metade cada uma) em pesquisas. "O setor farmacêutico é estratégico, e as companhias brasileiras ainda têm uma dimensão pequena se comparada às estrangeiras", diz Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp. "Por isso é fundamental o poder público contribuir para pesquisas nesse setor." A chamada pública para os cientistas apresentarem projetos começa hoje e vai até 10 de junho. Não há restrição de temas, mas a Biolab deve dar ênfase a pesquisas nas áreas de oncologia, antibióticos, diabetes, infecções, cardiologia, entre outras. "Estamos abertos a qualquer projeto interessante e com potencial para ser transformado em medicamento", diz Dante Alário Júnior, cientista chefe e sócio da Biolab. O Pite foi criado em 1995, mas só deslanchou no ano passado. Até 2009, foram firmados, em média, 8,4 convênios ao ano. Em 2010 foram 43. Quase 25% do total investido desde 2001 foi realizado no ano passado. Foram R$ 48 milhões (metade paga pela Fapesp e metade por empresas), de um total de R$ 206 milhões. Para 2011, a Fapesp está disposta a desembolsar até R$ 40 milhões, elevando, com a contrapartida das empresas, a R$ 80 milhões o investimento. "Com o crescimento do Brasil, as empresas estão ficando mais preocupadas com a capacidade de acesso à inovação", diz Cruz. Os convênios da Fapesp envolvem diferentes áreas do conhecimento, com um destaque para bioenergia, com parceiros como Braskem e ETH. Há ainda parcerias com empresas estrangeiras, caso da Microsoft. Para Brito, a parceria só funciona quando a empresa tem "cultura de pesquisa". "A empresa tem de ter um esforço interno de pesquisa, com pesquisadores próprios conversando com os da academia. Se ela só quer terceirizar a pesquisa para a universidade, não funciona." RESULTADOS A Biolab é um dos laboratórios nacionais que mais investem em pesquisa: 7% do faturamento, de R$ 610 milhões em 2010. Neste ano, a empresa inicia a construção de um novo centro de pesquisa, em Taboão da Serra (Grande SP), um investimento de R$ 50 milhões em dois anos. O centro terá 5.000 m2. O atual tem 1.500 m2. A empresa já financia pesquisas com universidades e realiza outras por conta própria. Uma dessas pesquisas, com nanotecnologia, gerou um protetor solar fator 100, o Photoprot 100. Outros 12 produtos devem chegar às farmácias até 2011 -dez são frutos de pesquisa própria. Dentre eles, um remédio para asma derivado de toxina de taturana. Texto Anterior: Aviação: TAM anuncia lucro de R$ 637 milhões e pedido de 34 jatos Próximo Texto: Commodities: Safra de cana pode ter até 6% de queda Índice | Comunicar Erros |
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