São Paulo, terça-feira, 01 de março de 2011 |
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Conferência reúne executivos e artistas em praia da Califórnia Informalidade e palestras curtas são regra em evento que atrai Bill Gates e presidente da Ford A marca TED está espalhada por várias plataformas, como um site que recebe 1 milhão de visitas por dia FERNANDA EZABELLA ENVIADA ESPECIAL A LONG BEACH (CALIFÓRNIA, EUA) "Esqueçam as gravatas, nada de terno." O aviso vem insistente de um dos diretores do TED, evento anual de conferências com especialistas das mais variadas áreas (a sigla significa Tecnologia, Entretenimento e Design), que começou nos anos 1980. A marca se tornou uma grife mundial, espalhada por várias plataformas, como um site que recebe 1 milhão de visitas diárias. Apesar do ingresso caro (cerca de R$ 10 mil), do rígido processo de seleção para poder comprá-lo e de palestrantes como os presidentes-executivos da Ford e da Pepsi, além de Bill Gates, os organizadores gostam de manter o clima informal, fazendo o evento numa cidade praiana, Long Beach, na Califórnia. O evento começou ontem e vai até sexta-feira, com 50 palestras. Seus 1.300 ingressos se esgotaram em menos de duas semanas, no ano passado. Fora os executivos, participam cientistas, exploradores e artistas. As apresentações não podem passar de 18 minutos. "É longo o suficiente para dizer algo sério e curto o suficiente para não entediar ninguém", diz, rindo, o curador Chris Anderson, em entrevista à Folha. "Força você a se perguntar qual é a coisa mais importante que você quer dividir com o mundo e como fazê-lo de forma compacta, viva", continuou Anderson, cuja empresa sem fins lucrativos comprou o TED em 2001. Entre as palestras recentes mais famosas está uma de Bill Gates em 2009, quando ele liberou na sala mosquitos que transmitem malária para falar sobre a prevenção da doença em países pobres. O fundador da Microsoft volta nesta edição como curador de um ciclo, do qual participam o epidemiologista canadense Bruce Aylward, especialista em poliomielite, a educadora nigeriana Amina Az-Zubair, o historiador David Christian e o educador Salman Khan. Um nome colocado de última hora na agenda foi Wadah Khanfar, diretor-geral da Al Jazeera, por conta da elogiada cobertura que a rede vem fazendo dos protestos no mundo árabe. "Não cobrimos muito política no TED. Políticos vêm e vão, ideias duram para sempre. E o que acontece no Oriente Médio é sinal disso", disse Anderson. "Poucas pessoas previram que isso aconteceria, mas estava no nosso radar." Texto Anterior: Benjamin Steinbruch: Tentar sempre vale a pena Próximo Texto: Por dentro do TED Índice | Comunicar Erros |
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