São Paulo, terça-feira, 01 de junho de 2010

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GM vai investir mais R$ 700 mi no país

Recursos se somam ao R$ 1,35 bi já anunciado para fábrica de São Caetano do Sul; até 2012 aporte chegará a R$ 5 bi

Investimentos totais do setor no triênio 2009/12 vão somar US$ 11,2 bi; no período anterior, ficaram em US$ 8,1 bi

TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO

A GM (General Motors) vai investir mais R$ 700 milhões na fábrica de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, montante que vai se somar ao R$ 1,35 bilhão já anunciado para a mesma unidade.
Esses recursos fazem parte dos R$ 5 bilhões de aportes para o Brasil previstos para o período entre 2008 e 2012.
O presidente da montadora no Brasil e no Mercosul, Jaime Ardila, anunciou que a GM vai produzir nessa unidade, a partir de 2012, um modelo desenvolvido no país, que, posteriormente, poderá ser fabricado também em duas fábricas da Ásia.
O veículo se juntará aos dois sedãs que entrarão na linha de montagem de São Caetano na segunda metade do próximo ano e a uma picape que será fabricada a partir de setembro, que faz parte da família Viva -cujo primeiro veículo lançado foi o Agile.
Questionado sobre qual seria o segmento do novo modelo, Ardila disse que "não é pequeno, mas não dá para falar muito mais".
A capacidade instalada da unidade de São Caetano já está no limite, de 220 mil unidades por ano, em dois turnos. Por isso, para incluir os novos modelos, será preciso fazer adaptações, o que pode incluir a adoção de terceiro turno ou a saída da linha de montagem dos modelos hoje fabricados na planta (Vectra, Astra e Classic).

MAIS INVESTIMENTOS
Os investimentos totais da indústria automotiva até 2012 vão somar US$ 11,2 bilhões, bem acima do triênio anterior (2007 a 2009), quando ficaram em US$ 8,1 bilhões, segundo a Anfavea (associação de montadoras).
Segundo Ardila, o setor deve fechar maio com cerca de 250 mil veículos emplacados -sem contar o dia 31, foram licenciados 233,2 mil.
A quantidade ficaria abaixo de abril (277,8 mil) e de março, que detém o recorde do setor (353,7 mil) por ter sido o último mês com redução da alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). "É uma ressaca natural do fim do incentivo."
Sobre o reajuste do aço, Ardila ressaltou o "grande impacto" na cadeia do setor, mas não quis contabilizar qual seria a elevação no valor do carro. "É impossível para as montadoras absorverem. Quem vai pagar a conta final é o cliente", disse.


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