|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GM vai investir mais R$ 700 mi no país
Recursos se somam ao R$ 1,35 bi já anunciado para fábrica de São Caetano do Sul; até 2012 aporte chegará a R$ 5 bi
Investimentos totais do setor no triênio 2009/12 vão somar US$ 11,2 bi; no período anterior, ficaram em US$ 8,1 bi
TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO
A GM (General Motors) vai
investir mais R$ 700 milhões
na fábrica de São Caetano do
Sul, na Grande São Paulo,
montante que vai se somar
ao R$ 1,35 bilhão já anunciado para a mesma unidade.
Esses recursos fazem parte
dos R$ 5 bilhões de aportes
para o Brasil previstos para o
período entre 2008 e 2012.
O presidente da montadora no Brasil e no Mercosul,
Jaime Ardila, anunciou que a
GM vai produzir nessa unidade, a partir de 2012, um modelo desenvolvido no país,
que, posteriormente, poderá
ser fabricado também em
duas fábricas da Ásia.
O veículo se juntará aos
dois sedãs que entrarão na linha de montagem de São
Caetano na segunda metade
do próximo ano e a uma picape que será fabricada a partir
de setembro, que faz parte da
família Viva -cujo primeiro
veículo lançado foi o Agile.
Questionado sobre qual
seria o segmento do novo
modelo, Ardila disse que
"não é pequeno, mas não dá
para falar muito mais".
A capacidade instalada da
unidade de São Caetano já
está no limite, de 220 mil unidades por ano, em dois turnos. Por isso, para incluir os
novos modelos, será preciso
fazer adaptações, o que pode
incluir a adoção de terceiro
turno ou a saída da linha de
montagem dos modelos hoje
fabricados na planta (Vectra,
Astra e Classic).
MAIS INVESTIMENTOS
Os investimentos totais da
indústria automotiva até
2012 vão somar US$ 11,2 bilhões, bem acima do triênio
anterior (2007 a 2009), quando ficaram em US$ 8,1 bilhões, segundo a Anfavea
(associação de montadoras).
Segundo Ardila, o setor
deve fechar maio com cerca
de 250 mil veículos emplacados -sem contar o dia 31, foram licenciados 233,2 mil.
A quantidade ficaria abaixo de abril (277,8 mil) e de
março, que detém o recorde
do setor (353,7 mil) por ter sido o último mês com redução
da alíquota de IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados). "É uma ressaca natural
do fim do incentivo."
Sobre o reajuste do aço,
Ardila ressaltou o "grande
impacto" na cadeia do setor,
mas não quis contabilizar
qual seria a elevação no valor
do carro. "É impossível para
as montadoras absorverem.
Quem vai pagar a conta final
é o cliente", disse.
Texto Anterior: Vinicius Torres Freire: E se vazar o poço do Visconde? Próximo Texto: Análise: Preços de carros devem subir neste ano, mas mercado ainda tem forte potencial Índice
|