São Paulo, terça-feira, 01 de junho de 2010

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Bolsa cai 6,6% e é pior aplicação em maio

Dólar lidera ranking do mês, com valorização de 4,78%; Em Nova York, índice do mercado acionário perde 8%

Ontem, Bolsa de SP reduziu perdas do mês, ao avançar 1,7%; dólar vale R$ 1,82, e poupança paga 0,55%

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

O mês de maio foi desastroso para as Bolsas. Referência mundial, a Bolsa de Valores de Nova York viu as ações recuarem quase 8%, o pior tombo desde fevereiro de 2009. A Bolsa brasileira não teve desempenho muito melhor, com perdas de 6,6%.
Ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 1,7%, o que pouco ajudou a alterar o panorama mensal.
Ao longo de maio, o investidor viu se acumularem as notícias negativas sobre a crise na Europa, culminando com o rebaixamento do "rating" (nota sobre o risco de crédito de um ativo) da dívida espanhola.
O volume magro de negócios (apenas R$ 3,8 bilhões, metade do giro normal) mostrou a pouca disposição do investidor em se arriscar.
As Bolsas europeias também tiveram dia morno. Em Paris, as ações recuaram 0,21%. Em Frankfurt, a Bolsa subiu 0,30%.
No mercado de câmbio doméstico, o dólar comercial ficou 0,60% mais caro, cotado a R$ 1,821.
O estresse de maio determinou o movimento habitual de fuga do risco (ações) para os habituais refúgios do ouro e do dólar.
Por esse motivo, enquanto a Bolsa amargou a pior posição na lista de aplicações financeiras do mês, a moeda americana e a commodity ocuparam o topo, com valorizações de 4,78% e 4,35%, respectivamente.
Os investimentos mais conservadores mal cobriram a inflação do período (1,19% pelo IGP-M). Enquanto a poupança teve retorno de 0,55%, os fundos de renda fixa tiveram rentabilidade em torno de 0,75%, praticamente a mesma taxa do CDB.
Para analistas, junho pode ser um mês um pouco menos nervoso para os investidores, na medida em que começam a delinear as soluções para a crise da Europa.
"A Espanha, sem dúvida, ainda continua como maior preocupação do mercado. É uma economia muito mais representativa do que a Grécia e, por esse motivo, os problemas podem ter dimensão ainda maior, diz Rossano Oltramari, analista-chefe da XP Investimentos.
"Por outro lado, também é uma economia mais dinâmica e, por isso, tem maior capacidade de recuperação."


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