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Bolsa cai 6,6% e é pior aplicação em maio
Dólar lidera ranking do mês, com valorização de 4,78%; Em Nova York, índice do mercado acionário perde 8%
Ontem, Bolsa de SP
reduziu perdas do mês, ao avançar 1,7%;
dólar vale R$ 1,82, e
poupança paga 0,55%
EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO
O mês de maio foi desastroso para as Bolsas. Referência mundial, a Bolsa de Valores de Nova York viu as ações
recuarem quase 8%, o pior
tombo desde fevereiro de
2009. A Bolsa brasileira não
teve desempenho muito melhor, com perdas de 6,6%.
Ontem, a Bolsa de Valores
de São Paulo fechou em alta
de 1,7%, o que pouco ajudou
a alterar o panorama mensal.
Ao longo de maio, o investidor viu se acumularem as
notícias negativas sobre a
crise na Europa, culminando
com o rebaixamento do "rating" (nota sobre o risco de
crédito de um ativo) da dívida espanhola.
O volume magro de negócios (apenas R$ 3,8 bilhões,
metade do giro normal) mostrou a pouca disposição do
investidor em se arriscar.
As Bolsas europeias também tiveram dia morno. Em
Paris, as ações recuaram
0,21%. Em Frankfurt, a Bolsa
subiu 0,30%.
No mercado de câmbio doméstico, o dólar comercial ficou 0,60% mais caro, cotado
a R$ 1,821.
O estresse de maio determinou o movimento habitual
de fuga do risco (ações) para
os habituais refúgios do ouro
e do dólar.
Por esse motivo, enquanto
a Bolsa amargou a pior posição na lista de aplicações financeiras do mês, a moeda
americana e a commodity
ocuparam o topo, com valorizações de 4,78% e 4,35%,
respectivamente.
Os investimentos mais
conservadores mal cobriram
a inflação do período (1,19%
pelo IGP-M). Enquanto a
poupança teve retorno de
0,55%, os fundos de renda fixa tiveram rentabilidade em
torno de 0,75%, praticamente a mesma taxa do CDB.
Para analistas, junho pode
ser um mês um pouco menos
nervoso para os investidores,
na medida em que começam
a delinear as soluções para a
crise da Europa.
"A Espanha, sem dúvida,
ainda continua como maior
preocupação do mercado. É
uma economia muito mais
representativa do que a Grécia e, por esse motivo, os problemas podem ter dimensão
ainda maior, diz Rossano Oltramari, analista-chefe da XP
Investimentos.
"Por outro lado, também é
uma economia mais dinâmica e, por isso, tem maior capacidade de recuperação."
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