São Paulo, quarta-feira, 01 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Valor da cana-de-açúcar cai 10,3% em maio

Os produtores de cana vão receber 10,3% menos pela matéria-prima que entregaram às usinas no mês passado em relação ao valor de abril. Mesmo assim, esse valor -próximo de R$ 70 por tonelada- ainda é bem superior aos custos de produção.
As informações constam do relatório de ontem do Consecana (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo).
A queda nos preços da cana-de-açúcar ocorre porque o faturamento das usinas com a comercialização dos produtos derivados do setor -que vinha aquecido na entressafra- foi menor no mês passado.
Essa queda no pagamento da matéria-prima é proporcional ao recuo dos preços do álcool carburante no mercado interno, do produto destinado à industria, do açúcar e, em menor escala, da queda de preços externos para os derivados do setor.
A principal queda de preço em maio ocorreu com o álcool anidro. Faturado a R$ 2,37 por litro em abril, caiu para R$ 1,35 no mês passado -menos 43%.
O álcool anidro, ao contrário do hidratado, manteve-se com preços aquecidos por mais tempo. Agora, o valor do produto começa a desacelerar em ritmo mais rápido.
O álcool hidratado, que iniciou a tendência de queda antes do anidro, registrou recuo de 27% no mês passado.
O açúcar comercializado no mercado interno caiu para R$ 60 por saca, 9,5% abaixo dos preços praticados em abril. Essa queda contribuiu ainda mais para o recuo do faturamento do setor no mês.

PRATA
+1,18%
Ontem, em Nova York

ESTANHO
+3,51%
Ontem, em Londres

Consumo Os produtores de café serão os principais responsáveis pela elevação do consumo da bebida no mundo. Essa é a avaliação de Raja Saond, da Outpan no Brasil, feita ontem em São Paulo.

Participação Em encontro realizado pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café), o executivo destacou que Brasil, Índia, Vietnã, Indonésia e México já respondem por 30% da alta da demanda.

Ainda baixo Para Carlos Brando, da P&A Marketing, o consumo per capita cresceu 91% no Vietnã de 2006 a 2010. Na Indonésia, a alta foi de 21%. No México, de 25%. Apesar da alta acelerada, o consumo per capita ainda é baixo nesses países.
Novos consumidores O desafio da cafeicultura para os próximos anos, diz Brando, será atender a novos consumidores, como jovens e a classe média emergente, que têm padrões de consumo diferenciados.

Rússia abre Notícias de que os russos vão liberar as exportações de grãos a partir de julho provocaram forte queda nos preços do trigo nos Estados Unidos. Em Chicago, o produto caiu 4,6%.

Volta a cair Os produtos agropecuários tiveram queda de 1,84% no mês passado no Índice de Preços por Atacado da FGV. Em abril, a queda havia sido de 0,25%.

Volta a subir Após ter iniciado a semana a R$ 1,057 por litro, o álcool hidratado negociado em Paulínia (SP) subiu 0,52% ontem, sendo comercializado a R$ 1,0625 pelas usinas.

Mais rentável Produzir açúcar rendeu 47% mais às usinas do que a produção de álcool anidro. Em relação ao hidratado, o ganho do açúcar é de 58%, segundo o Cepea.

Perda de ritmo Os preços recebidos pelos produtores recuaram 1% em maio nos EUA em relação a abril, segundo o Usda. A pecuária liderou, com queda de 3%.

Com KARLA DOMINGUES


Texto Anterior: Análise/Citricultura: Às vésperas do início da colheita, greening volta a preocupar
Próximo Texto: Bolsa cai 2,3% e é pior aplicação em maio
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.