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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Indústria deve desacelerar no 3º trimestre, diz Credit
A esperada aceleração do
PIB no terceiro trimestre pode não ser o cenário mais
provável para a economia
brasileira, de acordo com
análise econômica realizada
pelo Credit Suisse.
A aceleração do PIB sobre
o segundo trimestre demandaria forte crescimento da
atividade econômica em
agosto e setembro. Porém, o
banco prevê desaceleração
da produção industrial.
"Para que o crescimento
da produção industrial no
terceiro trimestre seja similar
ao do trimestre anterior, de
1,3%, seria necessária uma
expansão muito forte em
agosto e setembro, o que não
parece ser o caso que se apresenta no momento", diz Nilson Teixeira, economista-chefe do Credit.
"O cenário mais provável
para a produção industrial
nos próximos trimestres é de
crescimento mais moderado
em relação ao do período de
recuperação da crise", segundo o relatório.
Dados sobre o desempenho de alguns setores reforçam a análise de que uma
forte elevação da produção
no curto prazo não é o cenário mais provável.
"Os estoques de veículos
aumentaram de 202,8 mil
unidades em março para
330,8 mil em julho, o que
equivale a 33 dias de venda
ante a média de 24 dias entre
2007 e 2009", afirma.
O banco também cita o aumento dos estoques de aço
nos distribuidores, que, em
julho, estavam no maior nível desde dezembro de 2008.
DE CRISTAL
A designer Sarah Chofakian, conhecida por seus sapatos
sofisticados e feitos à mão, vai à Micam Shoevent, uma das
maiores feiras internacionais de calçados, que ocorre em
Milão, com nove pontos de venda internacionais já conquistados, apenas neste ano.
Chofakian, que exporta apenas uma pequena parte de
sua produção, quer ver o número de clientes crescer ainda
mais no evento europeu, de onde sua produção alcançou
Cingapura e Japão.
"Quero estar na Europa no mercado que atende consumidoras que buscam sapatos com design, feitos artesanalmente e com matéria-prima de primeira, mas que não aceitam pagar o preço de uma grife Prada", diz Chofakian. Está
difícil, porém, entrar na Europa, ainda em crise, conta ela.
"Ainda mais agora que está fácil vender no Brasil. A demanda é tanta que não consigo atendê-la."
COBRANÇA
O Latin Cob, que reúne representantes das empresas
de cobrança de toda a América Latina, terá neste mês
um encontro no México.
Empresários brasileiros
do segmento, reunidos pelo
Instituto Geoc, levarão um
novo modelo de qualidade.
Foi criado um selo de qualidade, que servirá de exemplo a países vizinhos.
A certificação foi desenvolvida em parceria com a
FGV e é aplicada pela Fundação Vanzolini.
O modelo avalia critérios
como experiência da empresa, portfolio de clientes, processos de cobrança administrativa e judicial, obediência
à legislação, tecnologia etc.
Os brasileiros visitarão
empresas mexicanas do setor imobiliário. "O crédito
imobiliário está em alta no
Brasil. O México já é maduro
neste processo. É aprendizado", diz Adilson Melhado,
presidente do Igeoc.
Relações comerciais entre Brasil e Índia
se intensificam
O intercâmbio comercial
entre Brasil e Índia já alcançou o montante de US$ 6 bilhões e a tendência é de alta,
segundo Ricardo Paranhos,
presidente da Câmara de Comércio Brasil Índia.
O país asiático investe hoje
US$ 480 bilhões em sua infraestrutura interna e tem
buscado parcerias no Brasil
para os projetos, especialmente os de energia, de acordo com Paranhos.
Os setores de TI, de autopeças, farmacêutico e agrícola também são áreas de conexão. A eliminação de barreiras comerciais e a associação
de empresas estão em negociação, segundo o executivo.
"A Índia apresenta crescimento sustentável, com condições de consumo e investimento interno, além de juros
mais baratos e alto índice de
poupança", diz Paranhos.
A economia indiana cresceu 8,8% no segundo trimestre deste ano ante o mesmo
período de 2009, segundo
dados divulgados ontem pelo governo do país. O setor
manufatureiro se destacou,
com alta de 12% no período.
Redução... Até o final do
ano, o Brasil terá reduzido em
3,9 bilhões o uso de sacolas
plásticas desde 2007. Os dados são do Programa de Qualidade e Consumo Responsável
de Sacolas Plásticas.
...de sacolas O programa
já envolveu 135 lojas de 27 redes varejistas e foi implantado
em SP, Porto Alegre, Salvador,
Goiânia, Brasília, Rio e Recife.
Até o fim do ano, incluirá Florianópolis e Belo Horizonte.
Interligada A CPA Associates International fechou
parceria com a carioca Cifali e
a brasiliense Audiger. Antes,
a empresa era representada
no Brasil somente pela pau-
listana MAP Auditores Independentes.
Carioca... A consultoria
especializada em recrutamento de executivos de alta
gerência 2GET inaugura neste mês escritório no Rio de Janeiro. O investimento foi decidido em razão da expectativa de que o mercado carioca
cresça proporcionalmente
mais que o de São Paulo, sobretudo em infraestrutura e
indústria pesada.
...e paulista Para os consultores, uma prova do aquecimento é a equiparação dos
salários de executivos do Rio
de Janeiro e de São Paulo,
que, antes, eram cerca de
30% superiores na capital
paulista.
Madeira... A Wisewood
Soluções Ecológicas acaba
de inaugurar a primeira fábrica de madeira plástica ecológica do Brasil. O investimento é de R$ 20 milhões.
...plástica A empresa
adquiriu três novas máquinas para a planta industrial.
A expectativa é aumentar a
capacidade de produção de
90 toneladas/mês para 200
toneladas/mês de dormentes, além de 80 toneladas/
mês para 150 toneladas/mês
dos demais produtos.
No mapa 1 Do total de financiamentos liberados pela
Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento em julho, 83% são provenientes da indústria, cerca
de 10% do comércio e 7% da
área de serviços.
No mapa 2 O interior do
Estado também registra expansão de seus negócios. Cidades como Santa Barbara
D'Oeste, Campinas e Ribeirão
Preto estão entre as que mais
têm participação nos desembolsos da agência.
Parceria 1 A Carbono Química amplia acordos com fornecedores chineses para importação de dióxido de titânio,
usado na fabricação de pastas
de dente, papel, lubrificantes
e tintas.
Parceria 2 O objetivo da
empresa é atender a demanda
do mercado nacional que, segundo a companhia, conta
com apenas dois fornecedores
internos e ficou desabastecido
com a queda de 5% na capacidade produtiva mundial do
item após a crise.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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