São Paulo, quinta-feira, 01 de setembro de 2011

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Juro alto sustenta atração da renda fixa

Mais arriscado, investimento em ouro teve forte desempenho tanto em agosto quanto no acumulado de 2011

Bolsa de Valores teve quinto mês consecutivo de perdas, mas os analistas enxergam melhora para setembro


DE SÃO PAULO

Os juros altos do Brasil preservaram as aplicações mais conservadoras no topo das melhores opções tanto no mês de agosto quanto nos últimos oito meses.
Aplicações como o CDB entregaram retornos de 1% no mês e 7,7% no ano (sem considerar impostos), ante uma inflação de 0,4% em agosto e de 3,48% em 2011 (pela referência do IGP-M).
Até a poupança ganhou a corrida contra a alta dos preços, com retorno de 0,71% no mês e de 4,9% no ano.
Mas a perspectiva de que essas taxas comecem a ceder no curto prazo alimentam expectativas de dias melhores para a Bolsa, que derreteu pelo quinto mês em agosto.
O Ibovespa, o termômetro desse mercado, caiu 4% no mês, e 18,5% neste ano.
Pablo Spyer, da corretora Mirae, diz que o mercado prevê uma taxa de juros em queda até dezembro, cenário que preserva a atração da renda fixa, mas que também dá fôlego para a renda variável. Além disso, "a volatilidade tende a diminuir", afirma.
O cenário externo ainda é a principal fonte de risco.
EUA e Europa precisam confirmar os sinais positivos vistos na última semana de agosto: primeiro, a disposição do banco central americano em retomar os estímulos à economia local; e, em segundo lugar, a busca por uma solução consensual para conter a crise das dívidas soberanas europeias.
Mas, em tempos turbulentos, o investidor continua correndo para os ativos tradicionais: o volátil ouro já valorizou 8% no mês, avançando 16% no ano. Já o dólar subiu 2,5% no período, mas perde 4,4% em 2011.


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