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Fatia do governo na Petrobras chega a 49%
Participação da União deve cair para 48% se for confirmada a venda integral do lote extra de ações da estatal
Estrangeiros colocaram pelo menos R$ 13 bi na Petrobras; pequeno investidor entrou com R$ 1,7 bilhão na oferta
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
MÁRIO SÉRGIO LIMA
DE BRASÍLIA
O governo federal conseguiu obter 49% do capital da
Petrobras após a megacapitalização da estatal, que já levantou R$ 115 bilhões.
Ontem, a Petrobras frustrou a expectativa do mercado, que esperava uma posição sobre a venda do lote extra de ações. As informações
sobre esse lote devem ficar
para a próxima semana.
A posição de 49% da
União engloba as participações de 3,9% do Fundo Soberano do Brasil e de 11,8% do
BNDESPar, braço de investimento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social).
A surpresa ontem foi a divulgação de 1,7% do capital
em poder direto do BNDES. A
expectativa é que o banco
venda essas ações.
A participação governamental, porém, deverá cair
para 48,31% se for confirmada a venda integral do lote
extra de ações, como tudo indica. Com a venda desse lote,
a capitalização da Petrobras
atinge R$ 120 bilhões.
Antes da oferta de ações, a
União tinha 39,8% da Petrobras, sendo que o BNDESPar
somava 7,7%, e o Fundo Soberano não tinha ações.
Para financiar a compra de
ações, o Tesouro Nacional
emitiu, na terça, R$ 42,927 bilhões em títulos da dívida pública. Também nesta semana, o Tesouro emitiu títulos
públicos para capitalizar o
BNDES e permitir que ele
participasse da operação.
ENGENHARIA
Do total de R$ 115 bilhões
arrecadados, R$ 67,815 bilhões entraram na forma de
títulos da dívida pública.
Com o dinheiro, a Petrobras pagará R$ 74,8 bilhões
ao Tesouro Nacional pela
compra de 5 bilhões de barris
de petróleo, que só serão retirados do pré-sal a partir de
2015 -a cessão onerosa.
Os recursos cobrirão parte
do rombo nas contas públicas deste ano.
Na oferta, os atuais acionistas levaram 73,68% das
novas ações -poderiam ficar
com até 80% dos papéis. O
restante foi dividido entre os
demais investidores -88,5%
no Brasil e 11,5% no exterior.
PEQUENO INVESTIDOR
Os pequenos investidores
aplicaram R$ 1,7 bilhão nas
novas ações da estatal, sem
contar os R$ 423,7 milhões
investidos por trabalhadores
com recursos do FGTS.
A expectativa dos organizadores era que 400 mil pequenos investidores aderissem à aplicação. A posição
de todos os acionistas será
conhecida até 25 de outubro.
Na oferta de papéis no exterior, os investidores estrangeiros compraram pelo menos US$ 7,8 bilhões em ações
da estatal petrolífera (R$
13,266 bilhões).
Além dessa participação,
os estrangeiros entraram na
oferta brasileira e devem ter
ficado com cerca de 60% das
ações.
A oferta brasileira arrecadou cerca de R$ 12,8 bilhões
-sem contar os atuais acionistas, que tiveram prioridade para levar os papéis sem
rateio.
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