São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2010

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Banda larga do governo inicia em dezembro

Cem cidades do Nordeste e do Sudeste participarão da experiência-piloto do plano

SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA

A Telebrás confirmou para dezembro o início da conexão das primeiras cem cidades do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), projeto do governo para levar internet em alta velocidade a preços baixos a 40 milhões de casas, ou 75% dos lares, até 2014.
Dessa forma, o governo terá apenas um mês para executar a primeira etapa do plano. O atendimento a essas cidades, do Nordeste e do Sudeste, ainda em 2010, será uma experiência-piloto.
Segundo a estatal, os equipamentos e serviços necessários para dar início ao plano serão contratados até novembro, com tempo hábil para o cumprimento da meta. O edital de infraestrutura sai até a próxima semana.
Foram divulgadas ontem as especificações técnicas dos equipamentos, dos softwares e dos serviços que formarão a rede do governo.
Hoje será divulgada consulta pública para contratação de enlaces de rádios digitais, equipamentos para distribuição de sinal do "backbone" do governo -espécie de espinha dorsal da estrutura de banda larga- até os municípios contemplados.
De acordo com a estatal, os editais vão permitir inspeções de segurança nos códigos-fonte, o que evitaria sabotagens, exigência comum nos EUA e na Índia. "Isso significa que poderemos verificar se houve ou não a inclusão de códigos maliciosos", afirmou Rogério Santanna, presidente da estatal.
A Telebrás informou que as contratações serão feitas por pregão eletrônico, por meio do sistema de registro de preços. As licitações deverão ocorrer de outubro a novembro. O governo dará prioridade aos produtos com tecnologia desenvolvida no Brasil, como estabelece medida provisória editada em julho.
A Telebrás vai reativar as fibras ópticas da Eletrobras e da Petrobras para vender banda larga no atacado para provedores e operadoras. O governo quer que as empresas ofereçam conexão de até 512 kbps a um preço médio de R$ 35. Hoje, o preço desse serviço no Brasil é R$ 100.
A estatal pediu ao Ministério das Comunicações R$ 1,4 bilhão para sua capitalização e para a execução do PNBL até 2011. Do total, R$ 600 milhões serão executados em 2010, prazo para que o plano chegue a cem cidades, além de 15 capitais e o Distrito Federal. Os valores passarão por aprovação no Congresso.


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