São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Bovespa lidera investimentos no mês

Bolsa paulista tem expansão de 6,6% em setembro; para especialistas, mercado já atingiu o seu pico no ano

Depois da Bovespa, maiores ganhos foram obtidos pela renda fixa; caderneta de poupança tem alta de 0,57%

DE SÃO PAULO

O mês passado foi de comemoração para os investidores da Bolsa, que se valorizou em 6,6% nesse período, de longe a aplicação mais rentável de setembro.
Alguns especialistas do setor de investimentos, no entanto, estão céticos sobre a possibilidade de a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) repetir esse desempenho nos próximos meses.
"A Bolsa já atingiu o pico máximo neste ano. Setembro é fim de trimestre e acho que muitos gestores puxaram [os preços] para aparecer bem na foto. A economia global ainda precisa passar por uma série de ajustes", diz Miguel Daoud, analista da Global Financial Advisor.
Há outra parcela do mercado que não está tão pessimista: alguns gestores avaliam que o Ibovespa pode bater os 75 mil pontos no final deste ano, considerando o retorno do capital estrangeiro ao mercado doméstico.
Abaixo da Bolsa, os investimentos em renda fixa proporcionaram os maiores retornos do mês. A taxa média do CDB bateu 0,85%, enquanto a do CDI foi de 0,89%. Com rentabilidade muito semelhante, mas risco muito maior, a cotação do ouro (BM&F) subiu 0,75%. A poupança, por sua vez, teve ganho de 0,57%.
As aplicações de renda fixa são muito sensíveis à variação da taxa Selic, a qual, segundo muitos economistas do setor financeiro, deve ficar estável até o final deste ano. No início do ano que vem, no entanto, analistas afirmam que o Banco Central pode começar a mexer nos juros básicos, em resposta a pressões inflacionárias.
"Acredito que o BC pode começar a subir a Selic em 0,5 ou 0,75 ponto já no primeiro bimestre", diz Daoud.
Nenhuma dessas aplicações foi suficiente, no entanto, para bater a inflação do período, de 1,15%, conforme a leitura do IGP-M. No caso das aplicações que acompanham o dólar, o resultado foi ainda pior: a taxa doméstica se desvalorizou em 3,7%.
Na rodada de ontem, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em alta de 0,29%, com desempenho melhor do que as demais Bolsas, em dia de realização de lucros (vendas). Já o dólar comercial cedeu 0,76%, para R$ 1,692, sua menor taxa em dois anos.
(EPAMINONDAS NETO)


Texto Anterior: Vaivém - Mauro Zafalon: Clima seco poderá retardar o plantio de soja
Próximo Texto: Rodolfo Landim: É hora de progredir
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.