São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2010

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"Mais aluguéis beneficiam o mercado"

DE SÃO PAULO

O crescimento do aluguel de ações melhora o funcionamento do mercado, afirma Luis Antônio Vicente, diretor de Administração de Risco da BM&FBovespa.
Segundo ele, o aumento dessas operações evita a distorção de preços dos ativos. Assim, se uma ação está subvalorizada ou, ao contrário, supervalorizada, investidores fazem operações de "long/shot", arbitrando os preços.
Por exemplo, se as ações ordinárias e preferencias da Vale têm, historicamente, uma diferença de cerca de R$ 6, quando esse intervalo aumenta, investidores buscam lucro com operações de arbitragem.
Nesse caso, os investidores alugam e vendem o papel que vale mais (Vale ON) e compram o mais barato (PN). A tendência é a diferença cair. Eles, então, vendem o papel PN, compram o ON e devolvem o ativo.
Essas operações de arbitragem costumam ser feitas também entre papéis do mesmo setor, como ações de duas siderúrgicas ou de duas empresas de telefonia.
Outro benefício do aluguel de ações, diz Vicente, é garantir que quem comprou a ação vá recebê-la depois.
"Se um investidor vender um papel e não entregá-lo, imediatamente a BM&FBovespa aluga as ações no nome dele e entrega o papel", explica Vicente.
O aluguel de ações movimentou, no total, R$ 44,2 bilhões em setembro na BM&FBovespa. Fundos são os que mais alugam papéis para outros operadores (30,22%) e são também os que mais tomam papéis alugados de terceiros (53%). Pessoas físicas representam 4,78% dos que tomam e 24,7% dos que alugam para outros operadores.


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