São Paulo, quarta-feira, 01 de dezembro de 2010

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Telebrás adia o início do plano de banda larga

Sem dinheiro, estatal muda de dezembro para abril o lançamento da rede

Orçamento da estatal, de R$ 1 bilhão, está congelado à espera de aprovação de projetos no Congresso

LEILA COIMBRA
ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA

Sem dinheiro, a estatal Telebrás adiou ontem a sua meta de implantação do Plano Nacional de Banda Larga para abril de 2011.
A previsão era conectar as cem primeiras cidades à internet de alta velocidade neste mês de dezembro, mas a estatal está com o seu orçamento de R$ 1 bilhão congelado por falta de aprovação de projetos no Congresso.
Está à espera de votação um aporte para aumento de capital da empresa no valor de R$ 600 milhões neste ano.
Outros R$ 400 milhões referentes ao orçamento de 2011 da estatal também dependem de aprovação.
Além disso, o dinheiro que o governo tinha em 2010 para investir em operação do sistema de banda larga não foi todo gasto. Dos R$ 72,6 milhões, apenas R$ 24,151 milhões foram empenhados.
Na semana passada, a Telebrás realizou três pregões eletrônicos para a compra de equipamentos e serviços no valor total de R$ 349,7 milhões, mas teve que adiar o resultado do pregão por falta de dinheiro para as compras.
O presidente da estatal, Rogério Santanna, disse que, além da falta de verba, o plano sofreu atrasos por conta de dificuldades durante a licitação, além da falta de mão de obra devido à demora na transferência de empregados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para o quadro da estatal.
"Em dezembro, vamos apenas iniciar o atendimento a essas cidades", afirmou Santanna. As primeiras cidades atendidas serão as localizadas próximas a Brasília.
Na segunda etapa entram os municípios próximos aos anéis de fibra ótica do Sul e do Sudeste, além do Distrito Federal.
Há também dificuldades em conseguir o índice de nacionalização desejado pelo governo.
A medida provisória 495 determina a preferência para produtos manufaturados e serviços nacionais cujo processo de fabricação seja majoritariamente desenvolvido no país.


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