São Paulo, domingo, 02 de janeiro de 2011

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Gerentes da estatal sofrem com acúmulo de funções

DE CARACAS

Oito anos após a greve petroleira e a saída de estimados 22 mil funcionários, a PDVSA viu mais que dobrar sua massa laboral -hoje, mais de 100 mil pessoas-, mas não preencheu todos os vazios nos escalões médios.
Num espelho do que acontece no governo chavista, muitos dos gerentes acumulam funções -uma gerência técnica e a direção de uma subsidiária, por exemplo.
Quem diz é Marianna Párraga, que lançou em 2009 "Ouro Vermelho", uma análise da estatal venezuelana sob o chavismo. "São gerentes qualificados e o governo convocou aposentados depois da greve. O problema é o acúmulo de funções."
O caso emblemático é o de Rafael Ramírez, ministro de Petróleo e Energia, que ordena o que ele mesmo, presidente da PDVSA, deve fazer.
Um executivo também pode ter de acumular o comando de negócios e serviços muito distantes do setor petroleiro, especialmente no campo social.
A PDVSA gerencia um programa de compra e distribuição e venda de alimentos subsidiados. É responsável ainda pela Missão Ribas, programa de formação universitária, e financia até tratamentos de saúde.
A amplitude da tarefa social é tal que em 2009 o investimento nesse âmbito ultrapassou o aplicado no aumento da produção de petróleo.
"A PDVSA está numa encruzilhada. Se olhamos para os sinais, é o mesmo que a Pemex apresentava há 20 anos", diz Párraga, comparando a venezuelana com a estatal mexicana, um braço do Estado há décadas.
As cifras de produção da companhia são controversas. Enquanto o balanço da empresa fala da produção 3,05 milhões de barris por dia, os registros da agência americana EIA falam em 2,30 milhões de barris por dia, ligeiramente menos do que registra a federação de sindicatos dos petroleiros. (FM)


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