São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2011

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Laboratório compra 1.500 iPads para vendas

DE SÃO PAULO

Empresas brasileiras estão descobrindo nos tablets uma alternativa para reduzir os gastos com material impresso, como catálogos, folhetos e mesmo apostilas.
O laboratório farmacêutico EMS encomendou nada menos do que 1.500 iPads para os representantes de vendas da área de prescrição.
A intenção é cortar ao máximo as 50 toneladas de folhetos e catálogos impressos para promoção distribuídos pelos vendedores a mais de 400 mil médicos no país.
Os médicos que se interessarem pelo material poderão recebê-lo por e-mail.
"Era um sonho antigo acabar com o papel na promoção médica, principalmente diante dos R$ 4,2 milhões gastos por ano com a impressão de folhetos", diz Waldir Eschberger Junior, da EMS.
Até agora, 300 profissionais usam o aparelho, número que será quintuplicado até maio. O investimento foi de R$ 2,5 milhões.
A EMS chegou a avaliar outros fabricantes, mas optou pelo iPad principalmente pelo tamanho da tela -9,7 polegadas, ante 7 polegadas do Samsung Galaxy Tab, também disponível no país.
A decisão da companhia está em linha com boa parte das empresas no mundo.
Segundo estudo da consultoria americana ChangeWave com 1.650 executivos, 82% apontaram benefícios corporativos com o iPad.
Cresce também o número de empresas que buscam a flexibilidade do Android, sistema operacional do Google, para seus tablets com a missão de eliminar o papel.
Foi o caso da Universidade Estácio, que acaba de fechar a compra de 6.000 tablets da Semp Toshiba para distribuir aos alunos dos cursos de direito (do Rio e Espírito Santo), gastronomia e hotelaria (ambos de Rio e São Paulo) a partir de agosto.
A intenção do tablet de 10,1 polegadas com conexão à internet -via rede sem fio e 3G- é cortar parte dos 240 milhões de cópias de livros universitários licenciados pela Estácio para distribuição aos alunos.
"Queríamos um aparelho que rodasse sistema Flash [para animações], sobre o qual está baseado todo o conteúdo de aulas, simulações e bibliotecas virtuais, por isso a escolha pelo tablet da Semp Toshiba [o iPad não roda Flash]", antecipou à Folha o diretor de marketing, Pedro Graça.
A universidade finaliza a adaptação de conteúdo das apostilas para o tablet e o treinamento dos professores.
Também negocia com operadoras de celular descontos para os planos de acesso 3G.
Em quatro anos, até o fim da expansão dos tablets para mais alunos -são 220 mil hoje no país-, serão investidos R$ 40 milhões em conteúdo digital. (CF)


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