São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Temor do Fed sobre petróleo afeta Bolsas Bernanke afirma que aumento da cotação da matéria-prima pode dificultar processo de recuperação dos EUA Barril volta a subir e colabora para queda nos mercados; Bovespa fecha em queda de 1,7%, e NY recua 1,4% EPAMINONDAS NETO DE SÃO PAULO Os mercados reagiram mal à advertência de Ben Bernanke a respeito dos efeitos do petróleo mais caro na economia americana, num dia em que os preços da commodity subiram com mais força. O titular do banco central dos Estados Unidos comentou o que passa na cabeça de muitos no mercado: se a alta da commodity persistir, o encarecimento dos combustíveis terá efeitos sobre o consumo e a inflação, dificultando o processo de recuperação da economia. O aviso veio embutido numa forte ressalva: "A dificuldade mais provável que a alta recente alta das commodities pode acarretar, quando muito, é um temporário e relativamente modesto incremento sobre a inflação". Foi o que bastou para estragar o humor no mercado. Para reforçar o nervosismo, os preços do petróleo subiram com força e encostaram em US$ 100 em Nova York. A combinação foi fatal para as Bolsas. Na Europa, as ações recuaram 0,96% em Londres e 0,92% em Frankfurt. Em Nova York, o Dow Jones recuou 1,38%, enquanto a Bovespa cedeu 1,69%. As ações da Petrobras, contrariando expectativas, perderam mais de 1% no pregão de ontem. Para analistas, o papel subiu muito há poucos dias, o que pode levar investidores a vender para colocar os ganhos no bolso. JUROS O Comitê de Política Monetária anuncia hoje, após o encerramento dos negócios, a nova taxa básica de juros do país (11,25% ao ano). Economistas do setor financeiro estão divididos entre aqueles que esperam ajuste para 11,75% (a grande maioria) e outros que aguardam um aumento para 12%. Ontem, véspera da reunião, os juros futuros pouco se mexeram: a taxa projetada para janeiro de 2012 se manteve em 12,52%. A estabilidade também prevaleceu no mercado de câmbio doméstico, e o dólar fechou cotado a R$ 1,664 (leve alta de 0,06%). Texto Anterior: Vaivém - Mauro Zafalon: Exportação de trigo cresce 320% em fevereiro Próximo Texto: Alexandre Schwartsman: Por quem os juros sobem Índice | Comunicar Erros

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