São Paulo, segunda-feira, 02 de maio de 2011 |
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20% dos sites de compras já saíram do ar Depois de boom de portais que reúnem consumidores para comprar bens e serviços, bolha começa a murchar O índice está dentro da média apontada pelo Sebrae de mortalidade de pequenas empresas que abrem no Brasil CAMILA FUSCO DE SÃO PAULO Cerca de um ano após o início da febre das compras coletivas no Brasil, a bolha formada pelos sites que se proliferaram por todo o país já começa a murchar. Dos mais de 1.200 portais em operação no fim do ano passado, cerca de 250 - perto de 20% - estão fora do ar. O índice está dentro da média de mortalidade de pequenas empresas, mas o que chamou a atenção dos especialistas é foi o fato de muitos executivos terem fracassado após imaginar que sites de compras coletivas são operações simples de comandar. Como o modelo de compras coletivas é baseado nas parcerias com lojas, restaurantes ou prestadores de serviços - como nas clínicas de estética - , dificilmente consegue sobreviver quem não tem força de vendas para garantir as ofertas seguintes. Parte dos empresários começou o negócio em paralelo à atividade principal e, à medida que descobriu a complexidade do modelo, desistiu. Outros tentaram vender operações, mas foram poucos os que conseguiram, como o site de gastronomia Bom Proveito, vendido para o Clube do Desconto. "O alto índice de mortalidade não surpreende. Muitos acharam que portais de compra trariam resultados rápidos e com pouco esforço, mas perceberam que não é a lógica", diz Gastão Mattos, da consultoria GMattos. Segundo o especialista, cada cupom vendido rende a um portal em média R$ 25 - de 40% a 50% do total do cupom vendido. Os maiores sites conseguem faturamento mensal na casa dos R$ 50 milhões, mas não sem manter equipes grandes e caras. Líder de mercado no país, o Groupon tem hoje pouco mais de dez meses, está em 31 cidades e tem 480 funcionários. O ClickOn, terceiro maior portal, soma 300. O vice-colocado, o Peixe Urbano, tem cerca de 600 pessoas. Segundo analistas de mercado, o alto custo de pessoal faz com que a margem de lucro seja baixíssima nos portais de compra coletiva. Em alguns deles, nem sequer chegaram no azul. "Esses portais têm estrutura inchada e focada principalmente em vendas, o que vai na contramão da tendência das empresas de alta tecnologia", afirma Mattos. Segundo Letícia Leite, diretora de comunicação do Peixe Urbano, para o portal a inovação vem das pessoas e não há estrutura inflada. ESPECIALIZAÇÃO Na contramão do colapso de vários sites, estão os que encontraram lugar em nichos específicos, com serviços que vão de buffet de casamento a itens para animais. Com um mês de vida, o Mundo Bebê e Gestante está focado no Rio e São Paulo com força de vendas, mas já tem planos para expansão Texto Anterior: Come-cotas incide sobre fundo de renda fixa no fim de maio Próximo Texto: E eu com isso? Índice | Comunicar Erros |
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