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Créditos tributários são legais, diz BM&FBovespa
Carlos Kawall, presidente, disse que não há fiscalização formal da Receita
Dirigente admitiu que o fisco pediu dados sobre a fusão entre BM&F e Bolsa e disse que não acredita em punição
LEONARDO SOUZA
DE BRASÍLIA
Em conferência telefônica
internacional, o presidente
da BM&FBovespa, Carlos Kawall, afirmou ontem que os
créditos tributários apurados
a partir da união da BM&F
com a Bolsa de São Paulo, em
2008, são legais.
Kawall negou que a companhia esteja sob fiscalização formal da Receita Federal. Ele admitiu, contudo,
que o fisco pediu informações sobre a fusão das duas
companhias.
Conforme a Folha revelou
ontem, equipe especial de
quatro auditores já iniciou
diligências na BM&FBovespa e solicitou diversos dados
de sua contabilidade.
O fisco suspeita que a Bolsa tenha feito incorporações
somente para gerar ágio, benefício que pode ser abatido
da base de cálculo do IR e da
CSLL. Kawall disse que as incorporações decorreram naturalmente da fusão.
A Bolsa chegou a um ágio
de R$ 16,3 bilhões, conforme
fato relevante de outubro de
2008. Isso significa deixar de
pagar R$ 5,54 bilhões em IR
(25%) e CSLL (9%).
Kawall disse ontem que,
com base em novos cálculos
de especialistas, o valor do
ágio foi refeito para R$ 13,3
bilhões -crédito de R$ 4,5 bilhões. Ele informou também
que já foram abatidos R$ 458
milhões de tributos.
Analistas de bancos estrangeiros, como JPMorgan e
HSBC, perguntaram o que a
Bolsa fará caso a Receita aplique um auto de infração.
Kawall respondeu que não
acha esse cenário provável,
mas que, se ocorrer, a empresa contestará a multa.
A ação da BM&FBovespa
abriu em forte queda, chegando a perder 5%. À tarde, o
papel se recuperou, mas fechou em 2,23% negativos.
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