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Petrobras adia licitação de compra de navios
Grupos participantes do processo discutem licenciamento ambiental de estaleiros
LEILA COIMBRA
DE BRASÍLIA
Um impasse ambiental levou a Petrobras a adiar novamente a licitação de compra
de 28 navios-sondas para a
exploração do pré-sal, encomenda que pode chegar a
US$ 30 bilhões. A abertura
das propostas estava prevista para amanhã. Segundo a
estatal o prazo foi estendido
para depois do dia 17.
Há um conflito de interpretação entre os grupos participantes sobre algumas regras
do edital no que diz respeito
ao licenciamento ambiental
dos estaleiros que irão construir os navios.
Isso vem atrasando a divulgação do resultado da licitação, cujo processo teve início em outubro de 2009 e, segundo especialistas, já pode
comprometer o cronograma
de exploração do pré-sal.
O consórcio liderado pela
construtora Odebrecht (em
parceria com OAS e a UTC)
questionou o licenciamento
ambiental do grupo composto pela Alusa e Queiroz Galvão. A Odebrecht teria também questionado a documentação ambiental do projeto Eisa Alagoas, empresa
do grupo Synergy.
As empresas Alusa, Eisa e
Jurong apresentaram recursos alegando que as áreas
onde serão construídos seus
estaleiros estão legalizadas e
licenciadas, sem pendências
com o Ibama ou com outros
órgãos ambientais.
A Petrobras confirmou em
nota enviada à Folha que o
adiamento da licitação se deveu ao impasse com relação
à documentação ambiental,
mas não entrou em detalhes.
Disse apenas que até o próximo dia 17 as empresas devem apresentar as licenças
de instalação ou de operação
emitidas pelos órgãos ambientais. E que, findo esse
prazo, ela marcará a data de
abertura dos envelopes.
Segundo a companhia, a
exigência desses documentos já estava originalmente
no processo de contratação
das sondas de perfuração
marítima e não comprometem a competitividade.
"A produção do pré-sal
não vai ter relação com o caixa da Petrobras, se ela está
capitalizada ou não, mas
principalmente com a velocidade da indústria nacional
de fornecer os equipamentos
para a produção em tempo
hábil", diz Adriano Pires, especialista em energia e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie).
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