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Natal de importados reduz superavit da balança comercial
Bens de consumo puxam importações, e novembro tem 2º
pior resultado de 2010; no acumulado, superavit cai 35%
Presidente do BNDES
afirma que governo
estuda incentivo a
exportações, com
redução de tributos
DE BRASÍLIA
O aumento da procura por
mercadorias importadas para as festas de fim de ano fez o
saldo da balança comercial
atingir, em novembro, pior
resultado desde janeiro.
O superavit comercial registrado pelo país foi de
US$ 312 milhões, metade do
valor registrado em novembro do ano passado.
O saldo acumulado no ano
chegou a US$ 14,9 bilhões
-queda de 35,4% ante o
mesmo período de 2009.
A queda de novembro decorreu, em grande parte, do
aumento nas importações,
que no mesmo período cresceram 44,3% e chegaram a
US$ 17,7 bilhões.
O aumento das importações foi puxado pelas compras de bens de consumo duráveis, que somaram US$ 1,9
bilhão -alta de 53%.
Em termos absolutos, porém, o maior aumento foi na
importação de matérias-primas, que passou de US$ 5,6
bilhões para US$ 7,9 bilhões.
No mês passado, 15% dos
bens importados que chegaram ao Brasil vieram da China, país que só perdeu para a
UE -com 21%- como principal fornecedor do Brasil.
As exportações cresceram
39,8% em novembro e somaram US$ 14,9 bilhões, levando o valor acumulado no ano
para US$ 181 bilhões.
Com o dólar em queda, os
embarques de produtos manufaturados crescem numa
velocidade mais baixa. Em
novembro, as exportações
desse tipo de mercadoria foram de US$ 7 bilhões (aumento de 18%). As vendas de
produtos básicos subiram
69% no mês, chegando a
US$ 7,4 bilhões.
INCENTIVO
O presidente do BNDES,
Luciano Coutinho, disse ontem que o governo estuda
adotar medidas para incentivar a exportação pela redução de tributos e aperfeiçoar
o ressarcimento de créditos
tributários a exportadores.
Segundo ele, o governo
também vai combater o aumento das importações motivado por incentivos fiscais
oferecidos por Estados.
Com GABRIEL BALDOCCHI,
colaboração para a Folha
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