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ANÁLISE
Qualidade do 3G compromete experiência plena com tablet
JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO
A Apple quis fortalecer sua
rede de lojas que venderão o
iPad com exclusividade. As
teles, que lançaram o iPhone
no país há dois anos, acreditam que só terão aval da Apple para vender o iPad no final do primeiro trimestre.
Essa estratégia tirou da
Apple a pressão de colocar
centenas de milhares de
iPads no mercado. Até o momento, eles serão vendidos
em quase 150 lojas credenciadas da fabricante. Somente a Vivo, líder do mercado de
celular, queria disponibilizá-lo em 500 de suas lojas.
Recentemente, o problema de fornecimento da Apple afetou as operadoras no
país, que não tinham mais
iPhones para vender. A fabricante teria privilegiado países onde o consumo de aparelhos e de internet móvel
cresce mais do que no Brasil.
Para a Apple, como para
qualquer grande empresa de
internet, não vale a pena
apostar tanto em um país que
ainda oferece pacotes de dados com preços elevados e
qualidade de sinal precários.
É consenso entre as empresas de internet que as teles ainda precisam investir
em suas redes para garantir
não somente velocidade,
mas cobertura, que ainda é
falha até mesmo nas grandes
capitais, segundo um levantamento recente da consultoria Teleco.
Só assim a experiência de
internet em um dispositivo
como o iPad pode ser plena,
algo que está no centro das
preocupações da Apple, que
também depende dessa qualidade para a venda de seus
aplicativos que exigem mais
capacidade das redes.
As chances de que esse cenário mude rapidamente são
remotas. As teles ainda não
amortizaram os investimentos realizados na construção
da rede 3G e já se preparam
para a 4G, cuja estreia está
prevista para 2014.
Até lá, o investimento em
capacidade da rede atual
avançará em ritmo 2G. E isso,
para a Apple, como para as
empresas que vislumbram
negócios na internet móvel,
ainda não é um bom sinal.
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