São Paulo, segunda-feira, 03 de janeiro de 2011

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Organizar contas pessoais faz parte de resolução de Ano-Novo

DE SÃO PAULO

Nas resoluções de Ano-Novo, organizar o orçamento doméstico e guardar mais dinheiro costumam ser tão difíceis quanto prosperar na dieta ou se engajar nos exercícios físicos, segundo consultores em finanças pessoais.
A maioria falha já na hora de preencher as planilhas e de acompanhar a evolução dos gastos do dia a dia.
Sem essa ferramenta, fica difícil corrigir eventuais falhas e fazer progressos.
Bem-sucedida na organização do orçamento pessoal, a administradora Patricia Thiesen, 32, agora compartilha suas planilhas com os amigos.
Controlando o orçamento mensal, ela conseguiu direcionar uma parte maior de sua renda para os investimentos financeiros.
"É um aprendizado diário. Há muita oferta de consumo. Abro mão de algumas coisas que não fazem tanta diferença para outras coisas que vão dar um retorno melhor. Ao mesmo tempo, a gente consegue se divertir e ter uma vida bastante agradável."

RECEITA
Para organizar as contas, a sugestão é ter uma planilha de receitas e despesas, exatamente como ocorre nas demonstrações financeiras das empresas.
Nas despesas, deve-se separar as fixas (moradia, condomínio, educação etc.) das variáveis (água, luz, alimentos etc.) -as primeiras não permitem uma margem importante para ajuste, enquanto as demais podem ser racionalizadas.
No entanto, as despesas que mais permitem adaptações -e que menos as pessoas têm controle- são os gastos esporádicos como viagens, lazer, restaurantes e presentes -as chamadas despesas adicionais.
Os orçamentos devem também ter margem de tolerância para gastos extraordinários (manutenção da casa, carro, médicos etc.), que consomem parte importante da renda quando ocorrem.
Segundo Vera Rita de Mello Ferreira, doutora em psicologia econômica, as pessoas têm dificuldade para renunciar aos apelos do consumo e para tomar decisões racionais envolvendo dinheiro.
Daí a necessidade de alguma organização.
"A gente não tem essa racionalidade de examinar tudo cuidadosamente e com rigor. Nossas decisões são inconsistentes e dependem do ponto de referência daquela hora, do pedaço da situação que estamos examinando, do estado de espírito e da influência que estão exercendo naquele momento", disse.


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