São Paulo, quinta-feira, 03 de fevereiro de 2011

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commodities

Lula produzirá 5% do petróleo brasileiro

Previsão da Petrobras é que esse campo, antes chamado de Tupi, feche o ano com a marca de 100 mil barris/dia

Nova aposta da estatal é a sub-região chamada de Lula Nordeste, que terá capacidade para 120 mil barris em 2013

PEDRO SOARES
DO RIO

Descoberto em 2006 e em fase de testes até o fim de 2010, o campo de Lula (ex-Tupi) chegará ao final de 2011 com uma produção de óleo de 100 mil barris/dia, o que corresponde a 5% do volume de extração de petróleo da estatal no Brasil.
Lula é o maior campo já descoberto pela Petrobras, com reservas estimadas em 6,5 bilhões de barris.
Junto com a área contígua de Carnambi, tem uma jazida total de 8,3 bilhões de barris, cifra que fez crescer as reservas brasileiras em 60%.
O campo fica no pré-sal da bacia de Santos, mais promissora província petrolífera da companhia.
Hoje na faixa de 20 mil barris/dia, sua produção é limitada porque ainda precisam ser perfurados mais poços de produção de óleo, que se conectarão com a plataforma.
A produção é considerada piloto porque a plataforma definitiva ainda não foi instalada. A unidade que está em operação no campo atualmente é alugada.
No mesmo bloco de concessão de Lula, o BM-S-11, a nova aposta da Petrobras, porém, é a sub-região batizada de Lula Nordeste.
No próximo mês começa o teste de longa duração com uma plataforma que terá capacidade de extrair na casa dos 15 mil barris/dia (mesmo volume do teste em Lula).
Apesar de ser piloto, a produção tem destino comercial -será refinada no Brasil ou exportada.
O teste em Lula Nordeste servirá ainda para reunir dados mais precisos sobre a área, a serem usados, inclusive, para mapear melhor o tamanho do reservatório e as características do petróleo.
Após a declaração de comercialidade de Lula Nordeste, ao final dos testes, e caso a estatal conclua que se trata de um campo separado do de Lula, será alocada uma nova plataforma para a região, na etapa conhecida como piloto de produção.
A unidade, capaz de produzir 120 mil barris/dia, entrará em operação em 2013.
Para atingir tal volume, serão perfurados 15 poços -cada um tem custo médio de US$ 100 milhões.
Paralelamente, a Petrobras estuda fazer, até 2013, mais quatro testes de longa duração nas seguintes áreas: Carioca, Carioca Nordeste, Abaré e Iguaçu, todas no pré-sal da bacia de Santos.
A estatal já busca plataformas para serem alugadas e alocadas nessas regiões.
A empresa confirmou que lançará, em breve, uma licitação para alugar duas plataformas para as áreas do pré-sal de Guará e Cernambi Sul.

EXXON
A petroleira norte-americana Exxon registrou em seu balanço perdas com três poços no bloco BM-S-22 do pré-sal, no qual é responsável pelos trabalhos de exploração de óleo. Nos poços, foram investidos US$ 400 milhões.
A companhia nega, porém, que tenha abandonado a exploração daquela área.


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