São Paulo, terça-feira, 03 de maio de 2011

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"Bate-papo" desafia torpedo no celular

Versões de Messenger para telefone e redes sociais, como Facebook, representam 10% das mensagens móveis

Pacotes de dados das operadoras são mais vantajosos que o caro SMS; torpedo em queda pode afetar as teles

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

As redes sociais e os comunicadores instantâneos móveis começam a disputar a atenção com as mensagens de texto SMS entre usuários de celular no país.
Segundo estudo da consultoria TNS Research com 1.320 brasileiros, 10% das mensagens no celular já correspondem a textos de comunicação imediata.
São mensagens publicadas em redes sociais ou trocadas em ferramentas como BlackBerry Messenger (BBM), eBuddy ou WebMessenger, que permitem a interação entre usuários em tempo real, como no PC.
A fatia dos mensageiros pode parecer pequena ante os 21% de participação do SMS, mas surpreende pelo crescimento. Em 2010, a categoria era insignificante.
"Os dados mostram que o brasileiro está disposto a adotar rapidamente novas formas de comunicação", afirma Alexandre Momma, diretor de atendimento em Tecnologia da TNS.
O eBuddy, principal aplicativo que reúne sete mensageiros instantâneos, incluindo MSN, Yahoo Messenger e Gtalk, retrata a aceitação.
De 286 mil usuários no país em março de 2010, a ferramenta saltou para 1 milhão de pessoas em 2011.
Um dos atrativos está no bolso. Com um plano de dados, o usuário pode trocar um número ilimitado de mensagens com os contatos que usam o mesmo programa sem precisar pagar a cada uma delas, como no SMS.
Não à toa, as nações líderes no uso do eBuddy são emergentes como Indonésia, Índia, Egito, México e Brasil.
"O chat [bate-papo virtual] no celular resolve uma necessidade de comunicação imediata e superior ao SMS", afirma Alex Pinheiro, presidente da Hands, desenvolvedora brasileira de aplicativos móveis e representante do eBuddy na América Latina.
As mensagens instantâneas ganham espaço entre os usuários corporativos. Hoje, segundo a RIM, que vende o BlackBerry, 39 milhões de pessoas usam o BBM.

TEMPO REAL
Especialistas se dividem em dizer em quanto tempo o SMS começará a encolher.
Segundo a consultoria britânica Mobile Youth, o tráfego de SMS vai cair 20% nos próximos dois anos no Reino Unido, na Indonésia, na África do Sul e mesmo no Brasil e será gradualmente substituído por mensagens em comunicadores instantâneos.
Na avaliação de Momma, da TNS, o volume de SMS continuará subindo em médio prazo, embora a tecnologia deva perder participação no bolo total de mensagens enviadas.
Atualmente, os celulares correspondem a 48% das mensagens enviadas pelos brasileiros. Os 52% são dedicados aos PCs. No ano passado, o volume médio de mensagens diárias enviadas pelos usuários nos dois tipos de equipamento era de 18, e agora já chega a 33.


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