São Paulo, terça-feira, 03 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Exportações do agronegócio rendem mais 32%

Demanda externa aquecida, boa procura por commodities e estoques baixos fizeram os preços das matérias-primas disparar no mercado externo. O resultado é um salto nas receitas brasileiras com exportações de produtos do agronegócio.
Os dez principais produtos da lista de exportações do setor renderam US$ 17,7 bilhões de janeiro a abril últimos, 32% mais do que em igual período anterior, conforme dados da Secex.
O grande destaque fica para o complexo soja (soja em grão, farelo e óleo), cujas exportações já somam US$ 5,1 bilhões neste ano, 35% mais do que as obtidas de janeiro a abril de 2010.
A alta de preços das commodities foi generalizada neste ano, mas os dois grandes destaques foram algodão e café. O primeiro esteve no topo da lista, com aumento médio de 67% no ano, mas as exportações acumuladas do quadrimestre foram de apenas US$ 77 milhões.
O café, que vem obtendo boa recuperação de preços nos últimos meses, teve reajuste de 66% na média de janeiro a abril deste ano em relação a igual período de 2010.
As receitas com o produto, a exemplo do que já ocorreu em 2010, caminham para um novo recorde neste ano. Até abril, o valor acumulado atinge US$ 2,4 bilhões.
As receitas com carnes também continuam subindo, mas o volume de abril foi menor do que o de março, à exceção da carne suína.
As exportações de carne "in natura" de frango recuaram 7% no volume total do mês passado. Os dados da Secex indicam que 290 mil toneladas do produto saíram do país. Quando comparada a média diária de abril em relação à de março, houve avanço de 2,5%.
Já o setor de carne bovina não conseguiu manter o ritmo de março. Em abril, o volume total de exportações recuou 16%, para 67 mil toneladas. A média diária de abril apontou queda de 7% em relação à de março.
Ao contrário das carnes de frango e bovina, as exportações de carne suína "in natura" avançaram tanto na média diária (31%) como no volume mensal (18%).

Ainda melhores Se as exportações agrícolas vão bem, as de minério de ferro se apresentam melhores. As receitas obtidas no mês passado somaram US$ 3,1 bilhões, 129% mais do que as de igual período de 2010. Os preços médios do produto subiram 88% no período.

Devagar Ao contrário das demais commodities, as exportações brasileiras de celulose perdem ritmo. O volume vendido no mercado externo recuou para 675 mil toneladas em abril, 19% menos do que em março.

Pouca variação Apesar de exportar menos, as indústrias obtiveram preço maior pela celulose. O valor médio da tonelada do produto subiu para US$ 561 no mês passado, 3,7% mais do que em abril de 2010.

Menor O apetite chinês pela soja dos EUA diminuiu, representando apenas 40% das vendas norte-americanas em abril -em novembro do ano passado era de 76%, segundo a Céleres.

Moagem A capacidade de processamento da indústria de óleo vegetal é de 177 mil toneladas por dia. Já a capacidade de refino das fábricas ativas soma 19,6 mil toneladas por dia.

Liderança Mato Grosso lidera a capacidade de moagem, quando consideradas as empresas ativas: 31,8 mil toneladas/dia. O Paraná vem a seguir, com 29,7 mil, mostra a Abiove.

OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES


Mercado Interno

ARROZ
(R$ por saca) 19,17
FEIJÃO
(R$ por saca) 104,33

Nova York

CACAU
(US$ por tonelada) 3.353
AÇÚCAR
(cent.de US$)* 21,87

* por libra-peso

Com KARLA DOMINGUES


Texto Anterior: Análise/Safras: Clima deverá gerar tensão no mercado do milho neste ano
Próximo Texto: Ações do Magazine Luiza sobem 2,8% na estreia
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.