São Paulo, quinta-feira, 03 de junho de 2010

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Bolsa sobe 1,78% na véspera do feriado

Bovespa acompanhou movimento das principais Bolsas, influenciado por dados positivos da economia dos EUA

Dólar recuou 0,65%, e reservas internacionais do Brasil superaram a marca histórica dos US$ 250 bilhões

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

O investidor oscila entre mirar os fundamentos da economia americana, que têm surpreendido de modo positivo, ou ficar apreensivo com as notícias da Europa, eixo dos piores cenários para a economia mundial.
Ontem, o primeiro viés prevaleceu e as Bolsas de Valores subiram.
O feriado de hoje, porém, limitou as apostas na Bolsa brasileira. Embora as ordens de compra tenham predominado durante todo o expediente, o volume financeiro ficou bem abaixo da média.
A Bovespa teve ganho de 1,78%, movimentando quase R$ 5 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York subiu 2,25% no fechamento. Na Europa, onde os mercados fecham mais cedo, as Bolsas tiveram perdas moderadas: a de Londres recuou 0,23%, enquanto a de Frankfurt caiu 0,04%.
"Os mercados estão subindo um dia e caindo dois. Ainda há muita volatilidade e o mercado não está muito "confiável", comenta Ivanor Torres, diretor de departamento de análise da corretora Geral.
O segmento de câmbio doméstico seguiu um roteiro conhecido. Logo pela manhã, a moeda americana chegou a ser cotada por R$ 1,850 -o preço mais alto do dia-, mas desceu para R$ 1,827 no final da sessão, uma queda de 0,65%, perto da cotação mínima registrada ontem (R$ 1,825).
Nos EUA, as vendas preliminares de casas subiram 6% (dado de abril), enquanto montadoras reportaram que a comercialização de carros subiu a taxas de dois dígitos em maio -um alívio para a indústria automobilística local, às voltas com seus piores números desde os anos 80.
Hoje e amanhã, a maior economia do planeta volta a fornecer números fundamentais para o rumo dos negócios. Neste feriado, a consultoria ADP abre sua estimativa sobre geração e fechamento de vagas no setor privado americano. No dia seguinte, o mercado compara esses números ao boletim oficial, conhecido como "payroll", de longe o principal indicador da semana.
Para economistas, o mercado de trabalho é uma das pontas mais fracas no processo de recuperação dos Estados Unidos. Um número muito abaixo das expectativas, portanto, pode mexer com os investidores.

RECORDE NAS RESERVAS
O Banco Central divulgou que as reservas internacionais do Brasil ultrapassaram o nível recorde de US$ 250 bilhões. Os dados, divulgados com um dia de defasagem, referem-se a segunda-feira.
O valor é quase 25% superior ao registrado há um ano. No início de maio, as reservas haviam chegado a US$ 249,99 bilhões, mas caíram nas semanas seguintes, devido às oscilações nas aplicações que são feitas com esses recursos. Quase 90% desse dinheiro está aplicado em títulos do governo dos EUA.


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