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Bolsa sobe 1,78% na véspera do feriado
Bovespa acompanhou movimento das principais Bolsas, influenciado por dados positivos da economia dos EUA
Dólar recuou 0,65%, e reservas internacionais do Brasil superaram a marca histórica dos
US$ 250 bilhões
EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO
O investidor oscila entre
mirar os fundamentos da
economia americana, que
têm surpreendido de modo
positivo, ou ficar apreensivo
com as notícias da Europa,
eixo dos piores cenários para
a economia mundial.
Ontem, o primeiro viés
prevaleceu e as Bolsas de Valores subiram.
O feriado de hoje, porém,
limitou as apostas na Bolsa
brasileira. Embora as ordens
de compra tenham predominado durante todo o expediente, o volume financeiro
ficou bem abaixo da média.
A Bovespa teve ganho de
1,78%, movimentando quase
R$ 5 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York subiu 2,25%
no fechamento. Na Europa,
onde os mercados fecham
mais cedo, as Bolsas tiveram
perdas moderadas: a de Londres recuou 0,23%, enquanto a de Frankfurt caiu 0,04%.
"Os mercados estão subindo um dia e caindo dois. Ainda há muita volatilidade e o
mercado não está muito
"confiável", comenta Ivanor
Torres, diretor de departamento de análise da corretora Geral.
O segmento de câmbio doméstico seguiu um roteiro
conhecido. Logo pela manhã, a moeda americana
chegou a ser cotada por R$
1,850 -o preço mais alto do
dia-, mas desceu para R$
1,827 no final da sessão, uma
queda de 0,65%, perto da cotação mínima registrada ontem (R$ 1,825).
Nos EUA, as vendas preliminares de casas subiram
6% (dado de abril), enquanto
montadoras reportaram que
a comercialização de carros
subiu a taxas de dois dígitos
em maio -um alívio para a
indústria automobilística local, às voltas com seus piores
números desde os anos 80.
Hoje e amanhã, a maior
economia do planeta volta a
fornecer números fundamentais para o rumo dos negócios. Neste feriado, a consultoria ADP abre sua estimativa sobre geração e fechamento de vagas no setor
privado americano. No dia
seguinte, o mercado compara esses números ao boletim
oficial, conhecido como
"payroll", de longe o principal indicador da semana.
Para economistas, o mercado de trabalho é uma das
pontas mais fracas no processo de recuperação dos Estados Unidos. Um número
muito abaixo das expectativas, portanto, pode mexer
com os investidores.
RECORDE NAS RESERVAS
O Banco Central divulgou
que as reservas internacionais do Brasil ultrapassaram
o nível recorde de US$ 250 bilhões. Os dados, divulgados
com um dia de defasagem,
referem-se a segunda-feira.
O valor é quase 25% superior ao registrado há um ano.
No início de maio, as reservas
haviam chegado a US$
249,99 bilhões, mas caíram
nas semanas seguintes, devido às oscilações nas aplicações que são feitas com esses
recursos. Quase 90% desse
dinheiro está aplicado em títulos do governo dos EUA.
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