São Paulo, sexta-feira, 03 de junho de 2011

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Brasil terá de investir R$ 145 bi em internet

Recursos têm de ser aplicados até 2020 para conseguir atingir 74 de cada cem brasileiros

JULIO WIZIACK
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA

Um estudo divulgado ontem pela Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações) mostra que o país terá de investir R$ 144,6 bilhões até 2020 para que sua internet atinja patamares de países desenvolvidos.
A cifra considera a existência de incentivos públicos, como subsídios diretos e desonerações.
Nesse caso, os acessos (fixos e móveis) saltariam dos atuais 33,5 milhões (21 a cada cem habitantes) para 153,6 milhões (74 a cada cem habitantes) no período considerado, colocando o Brasil entre os seis primeiros do mundo em densidade de acessos em banda larga.
Caso os investimentos sejam realizados, as velocidades de conexão também seriam ampliadas. A maior parte dos acessos se daria acima de 2 Mbps.
"Como dizem lá no interior, a gente vai sentar a pua", disse o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), que assistiu à apresentação da pesquisa durante evento promovido pela Telebrasil.
Bernardo afirmou que o governo está disposto a abrir o caixa para levar a massificação da internet adiante pelo PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), um dos pilares do governo da presidente Dilma Rousseff. "Podemos dar subsídios para que a oferta chegue a locais carentes."
Caso o governo mude de ideia, deixando as teles investirem por conta própria, seria preciso destinar pelo menos R$ 54,9 bilhões até 2020 para que o país atingisse 93,2 milhões de acessos.
Os números não consideram o compartilhamento de redes entre as empresas privadas, uma das polêmicas no setor, e que, em tese, poderia reduzir drasticamente os investimentos necessários.
Segundo Mario Girasole, diretor de regulação da TIM, as concessionárias resistem a abrir suas redes para terceiros. Por isso, a TIM apresentou um estudo próprio à presidente, defendendo que haja mudanças regulatórias no setor garantindo que as operadoras móveis possam usar infraestrutura das fixas.


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