O mercado brasileiro de produção de joias para o exterior está perto de recuperar as perdas de 2009.
As exportações cresceram 25% no primeiro semestre deste ano, segundo o IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos).
No ano passado, as vendas apresentaram queda de 31%, devido à crise nos EUA -o principal mercado para as joias e pedras brasileiras.
"Neste ano, as vendas para Rússia, Emirados Árabes e para os países da América Latina estão se recuperando", diz Hécliton Santini, presidente do instituto.
O sucesso das exportações está ligado à retomada econômica e ao reconhecimento do Brasil como produtor de joias, segundo Eduardo Brüner, diretor da Brumani, do grupo C.R. Brüner.
"O Brasil é reconhecido como um país produtor de gemas coloridas, especializado em criar joias com design diferenciado", diz Brüner.
Outro segmento de destaque são as vendas de pedras. As exportações de joias e gemas da empresa Manoel Bernardes devem superar neste ano o resultado de 2008 -considerado um dos melhores anos para o setor.
"Registramos no primeiro semestre aumento de 55% nas vendas de pedras para o Extremo Oriente, como China e Tailândia. Nesse segmento, já superamos 2008", afirma Manoel Bernardes, presidente da empresa.
As exportações têm crescido pela diversificação das peças. "Estamos vendendo pelo design. O país não consegue ser competitivo com preço, por causa de altos impostos, logística e custo de mão de obra", diz Bernardes.

CIP Eletrônica vai afetar organização de empresas

A adoção pelos Procons da CIP Eletrônica (Carta de Informação Preliminar) em substituição à escrita irá reduzir de dez para cinco dias o prazo de resposta das empresas, que deverão se adaptar.
Funcionários qualificados e integração das áreas internas das companhias serão necessários, segundo Ricardo Motta, do Viseu Advogados. "Isso evitará processos administrativos e multas."
A carta é o primeiro contato dos Procons com as reclamadas e sua versão eletrônica já está disponível em dez órgãos ligados ao Sindec (Sistema de Informação de Defesa ao Consumidor).
A adesão não será obrigatória, diz o coordenador do Sindec, Francisco Lima. O Procon do Espírito Santo, porém, aboliu a comunicação escrita desde julho. "Pode ser tendência", diz Motta.
As mudanças poderão aumentar os custos, informa o advogado Francisco Antônio Fragata, do Fragata e Antunes. "Se demandar mais recursos, o preço será repassado ao consumidor. Será preciso alguma tolerância."
A elasticidade na norma, no entanto, não está prevista pelo órgão. "O prazo de resposta é aplicado com rigor", afirma Lima.

ASSOMBRAÇÃO

O Playcenter investiu R$ 3,5 milhões na edição deste ano do evento "Noites do Terror", que ocorre desde 1988. O valor é aplicado em produção e divulgação do evento. Com os investimentos feitos em ambientação, recursos de luz e som, além de personagens, o parque espera aumentar em 10% o faturamento neste ano ante o evento de 2009.
São esperados 500 mil visitantes na temporada, o que representa cerca de um terço do público total anual do parque. Neste ano, foram contratados cerca de 600 temporários para trabalhar no evento -do total, 400 na produção e 200 nas áreas operacionais. As contratações temporárias deste ano elevaram em 40% o quadro de funcionários do parque, segundo Michelle Costa, do Playcenter.

ALTA NOS MINÉRIOS

Os insumos para a indústria que tiveram maior aumento de preços nos primeiros meses de 2010 foram aqueles com maior recuo no ano passado, de acordo com levantamento da FGV e do Credit Suisse.
A recomposição das margens perdidas no ano anterior e a alta no preço das commodities no mercado internacional podem ter provocado a aceleração inflacionária, afirma o estudo.

PERDA COM PAPELADA

O prejuízo que a burocracia causa a algumas empresas no Brasil pode superar R$ 1 milhão ao ano, segundo pesquisa realizada na base de associados da Amcham (Câmara Americana de Comércio), que será divulgada hoje pela entidade.
Mais de 30% das companhias gastam, cada uma, acima de R$ 100 mil com processos burocráticos todo ano.
O tamanho do prejuízo que as empresas têm para lidar com as rotinas burocráticas supera R$ 1 milhão todos os anos em 10% das companhias abordadas.
O gasto médio é de R$ 263 mil ao ano. Segundo a Amcham, as empresas criam grandes estruturas para lidar com processos burocráticos.
O problema abrange despesas com funcionários, profissionais terceirizados e emissão de documentos.

CONTRATAÇÃO MILIONÁRIA

O escritório britânico de advocacia Linklaters contratou Carlos Mello, um dos mais respeitados advogados brasileiros do mercado de capitais, que estava havia quase oito anos como sócio do Mattos Filho Advogados.
Segundo fontes do mercado, o "passe" de Carlos Mello seria de US$ 20 milhões.
Mello nega a cifra e diz que a proposta estava em linha com o mercado. "Mais importante é a oportunidade de trabalhar em um escritório de alcance mundial", afirma.
Especialista em emissão de ações, Mello será o principal advogado no país do Linklaters, um dos maiores em direito corporativo do mundo, mas que tinha dificuldade em ocupar espaço aqui.
O Mattos Filho, por sua vez, é um dos escritórios com maior presença na emissão de ações. Segundo José Eduardo Carneiro Queiroz, sócio da área, o Mattos Filho segue com nove outros sócios. "É uma pessoa importante que saiu, mas continuamos com mais de 40 advogados na área", disse.

Oxford em SP Dez alunos da Saïd Business School da Universidade de Oxford estão no país para visitar empresas em São Paulo e Rio, como Natura, InBev, EBX e Itaú. Além de conhecer o ambiente brasileiro de negócios e o papel do país na economia global, os alunos consideram vir trabalhar aqui após o diploma, segundo a instituição.

Visita O presidente Lula e Benjamin Steinbruch, da Fiesp, recebem o presidente de El Salvador, Maurício Funes, no dia 9. Funes pedirá a ampliação da presença brasileira nas exportações de seu país e a produção de etanol em terras salvadorenhas. Ele também deve voltar a solicitar ajuda ao BNDES para financiar o transporte de El Salvador.

Em dupla A PLK Consulting, do Grupo Prolink, especializada em gestão corporativa, e a InterAval, de intermediação de negócios, firmaram parceria para oferecer suporte de gestão durante negociações de compra e venda de empresas de TI.

Nacional O setor de saúde espera redução no deficit de sua balança comercial com a edição da MP 495, que incentiva a compra de bens e serviços nacionais pelo setor público. As importações do segmento registraram deficit de US$ 2,2 bilhões em 2009, apesar da capacidade da indústria interna de atender 90% da demanda por equipamentos dos hospitais, segundo a Abimo (associação do setor de máquinas médico-hospitalares).

Química A UBM Brazil, braço local da inglesa United Business Media Limited, vai trazer a São Paulo duas feiras, para os setores de química e ciência e tecnologia em produção agrícola.