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Europeias acusam China de elevar protecionismo
Empresas dizem enfrentar dificuldades para competir no mercado interno
Relatório deste ano é mais duro do que o de 2009; 39% dos filiados preveem piora no ambiente de negócios
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
As empresas estrangeiras
enfrentam dificuldades cada
vez maiores para competir no
mercado chinês em razão de
práticas protecionistas estatais, segundo a Câmara Europeia de Comércio no país.
Em relatório anual, a Câmara, que tem mais de 1.400
filiados, disse ontem que Pequim descumpre as regras da
OMC via práticas como favorecimento a empresas chinesas na aplicação de leis ambientais e falta de proteção à
propriedade intelectual.
Em queixa semelhante à
da Embraer, que mantém
uma fábrica no país, ela ressaltou principalmente a dificuldade em obter autorização para comercializar produtos no mercado chinês.
"Certificação compulsória
além do que é razoável tem
sido usada para manter estrangeiros fora do mercado, e
requerimentos para licença
de negócios continuam excluindo empresas estrangeiras de setores inteiros."
A Câmara afirma que há
uma "preocupação crescente" entre as empresas em decorrência de vários casos de
vazamento de informação
confidencial a concorrentes
chinesas durante a tramitação de procedimentos burocráticos em órgãos estatais.
Há pessimismo sobre uma
reversão do quadro. Um levantamento incluído no relatório mostra que 39% dos
membros da Câmara acreditam que o ambiente de negócios na China ficará pior nos
próximos dois anos (10%
apostam numa melhora).
O informe deste ano foi
considerado mais duro do
que o de 2009 e reflete críticas de empresas instaladas
na China de que o ambiente
de negócios está deteriorando, entre as quais a GE e a
Basf, além da Embraer.
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