São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2010

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Europeias acusam China de elevar protecionismo

Empresas dizem enfrentar dificuldades para competir no mercado interno

Relatório deste ano é mais duro do que o de 2009; 39% dos filiados preveem piora no ambiente de negócios

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

As empresas estrangeiras enfrentam dificuldades cada vez maiores para competir no mercado chinês em razão de práticas protecionistas estatais, segundo a Câmara Europeia de Comércio no país.
Em relatório anual, a Câmara, que tem mais de 1.400 filiados, disse ontem que Pequim descumpre as regras da OMC via práticas como favorecimento a empresas chinesas na aplicação de leis ambientais e falta de proteção à propriedade intelectual.
Em queixa semelhante à da Embraer, que mantém uma fábrica no país, ela ressaltou principalmente a dificuldade em obter autorização para comercializar produtos no mercado chinês.
"Certificação compulsória além do que é razoável tem sido usada para manter estrangeiros fora do mercado, e requerimentos para licença de negócios continuam excluindo empresas estrangeiras de setores inteiros."
A Câmara afirma que há uma "preocupação crescente" entre as empresas em decorrência de vários casos de vazamento de informação confidencial a concorrentes chinesas durante a tramitação de procedimentos burocráticos em órgãos estatais.
Há pessimismo sobre uma reversão do quadro. Um levantamento incluído no relatório mostra que 39% dos membros da Câmara acreditam que o ambiente de negócios na China ficará pior nos próximos dois anos (10% apostam numa melhora).
O informe deste ano foi considerado mais duro do que o de 2009 e reflete críticas de empresas instaladas na China de que o ambiente de negócios está deteriorando, entre as quais a GE e a Basf, além da Embraer.


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