São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

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Rio usa finanças para justificar concessão

Estação Barão de Mauá foi usada até 2004 pela Supervia, controlada pela Odebrecht, e depois retomada pelo governo

Construtora não se pronuncia sobre a devolução do terminal com o direito de exploração comercial


DE BRASÍLIA

A Secretaria de Transportes do Rio informou que, ao devolver os imóveis para a Supervia, tinha a "intenção de atender questões relacionadas ao equilíbrio econômico-financeiro" do contrato.
A Supervia, operadora de trens urbanos controlada pela Odebrecht, deixou de usar a Estação Barão de Mauá como terminal de trens em 2004. A partir de então, a estação ficou fechada.
Em 2007, a agência reguladora de transportes do Estado decidiu retomar a estação para o governo estadual, visto que estava no contrato de concessão que os bens que não estivessem em uso voltariam para o governo.
Segundo a nota da secretaria, o espaço continuará sendo usado pelo Estado até a realocação de órgãos públicos ali instalados, bem como o período necessário para construção de equipamentos de engenharia civil para atender às obras da Linha 4 do metrô.
A agência reguladora de transporte do Rio informou que a competência por devolver o bem à concessionária é do governo do Estado e que vai fiscalizar seu uso ao longo da concessão.
A Odebrecht não se pronunciou. A Supervia informou que "estuda possíveis investimentos para a reestruturação do terreno da estação Barão de Mauá".
A empresa diz ainda que, somente a partir da retirada serviços públicos remanejados para a área, "poderá iniciar possíveis reformas".

RETOMADA
Quando o Estado recebeu de volta a Barão de Mauá, a estação e o terreno estavam completamente degradados.
O governo estadual ainda colocou para funcionar na área da estação serviços públicos remanejados de áreas de expansão do metrô.
No ano passado, a Supervia, que pertencia a um fundo de pensão estrangeiro, foi comprada pela Odebrecht Transport, braço da área de transportes do grupo Odebrecht.
Logo depois da compra, o governo do Rio homologou a negociação de renovação antecipada do contrato de concessão, que vinha sendo estudada desde 2008.
Na renovação do contrato, o governo do Rio reincluiu um prédio de 4.000 metros quadrados e a área do entorno da estação, de 193 mil metros quadrados, ao patrimônio da concessão.
O prédio histórico da estação não foi reincluído.


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