São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

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Pearson vai entrar no ensino profissionalizante

DO ARTICULISTA DA FOLHA

A priorização do Brasil pelo britânico Pearson começou há cinco anos, quando a presidente mundial, Marjorie Scardino, esteve no país e conheceu "o modelo de sistema de ensino, efetivamente único", diz o presidente da Pearson no Brasil, o britânico Guy Gerlach.
O modelo permitia "uma oferta mais abrangente para as escolas, não só de material, mas de vários serviços agregados, o que tinha muito a ver com a própria estratégia da Pearson".
Mas foi após a crise financeira de 2008, com a redução na perspectiva de crescimento nos países de maior presença do grupo até então, "eixo América do Norte-Europa", que se acelerou a busca por oportunidade.
A Pearson já estava no Brasil, com ensino de língua, sob a marca Longman, e com as editoras Prentice Hall, Addison Wesley e Macron, voltadas a ensino superior e informática, e entrou no ano passado em sistemas de ensino.
Três meses atrás, fechou sua primeira venda para o governo, um livro de física aprovado pelo MEC. "Pretendemos participar mais dos programas de livros didáticos, que são fundamentais, representam mais de R$ 100 milhões de investimento por parte do governo federal", diz Gerlach.
"Seguindo a própria orientação que vem da presidente [Dilma Rousseff], de ensino técnico, profissionalizante, estamos também trazendo a certificação de competência profissional, por meio da marca Edexcel."

REALIDADE BRASILEIRA
Sobre a concorrência crescente, diz ele: "Merecem todo respeito. Isso dito, o fato é que a Pearson é a maior empresa de serviços e produtos de educação no mundo. E a grande sacada para o investimento foi criar uma plataforma robusta para viabilizar a chegada desses serviços e produtos que temos lá fora, que são adaptáveis à realidade brasileira".
Se era uma empresa relativamente pequena no país, com 150 funcionários, agora tem mil, com oito filiais.
E não é só em educação que a Pearson investe. Seu braço editorial, Penguin, fechou acordo com a Companhia das Letras, para lançar o selo Penguin Classics.
O jornal "Financial Times", que também é do grupo, assim como a revista "The Economist", lançou este ano uma publicação quinzenal sobre o país, "Brazil Confidential", e estuda imprimir aqui suas próprias edições, segundo a revista "Veja", da Abril. (NS)


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