São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

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"É exploração colonial do país", diz ambientalista

DE BUENOS AIRES

O avanço chinês em Río Negro está provocando reação negativa entre ambientalistas. Segundo o biólogo Raúl Montenegro, presidente da Funam (Fundação para a Defesa do Ambiente), "iniciar projetos faraônicos de irrigação em ambientes semiáridos, ventosos e com recursos hidráulicos altamente sensíveis é um despropósito".
Montenegro considera que, como são necessários cerca de 1.500 litros de água para produzir um quilo de soja, é possível esperar grandes gastos dos recursos naturais e perda de nutrientes do solo.
O ambientalista crê que o projeto não avaliou bem as consequências do impacto do investimento nos ambientes terrestres nativos e em seus ecossistemas aquáticos.
"Em nome dos rendimentos e dos benefícios econômicos, se reduz de forma alarmante a resistência ambiental e se compromete o funcionamento ambiental do país a médio e a longo prazo."
Além dessas objeções, Montenegro chama a atenção para o que considera "um novo modelo de exploração colonial". "Agora, os países não são invadidos nem se compram mais as suas terras, mas se arrendam propriedades. Isso tem muita vantagem para os chineses porque a resistência social tende a ser menor se a terra continuar sendo argentina". (LF e SC)


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