São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

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Atraso em obra pode elevar tarifa para consumidor

LEILA COIMBRA
DO RIO

Mais da metade das obras de linhas de transmissão do país está atrasada, o que pode encarecer as tarifas de energia.
Relatório de fiscalização da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostra que 55% das obras de transporte de eletricidade do país não estão com o cronograma em dia. O atraso médio é de 12 meses, segundo a agência.
A conta desta demora vai direto para o bolso do consumidor, já que as usinas termelétricas, que geram energia mais cara, são acionadas para garantir o suprimento de eletricidade nos casos de restrição de transmissão.
A estatal Chesf, subsidiária da Eletrobras, tem obras com até quatro anos de atraso. Nenhum dos dez projetos de transmissão de energia da estatal em andamento está em dia. Isso pode comprometer o abastecimento da região Nordeste, onde ela atua.
Duas linhas de transmissão que estavam previstas para 2008 só serão entregues em 2012, segundo cronograma da empresa entregue à Aneel.
Outra linha prevista para 2010 só irá operar em 2013.
Os investimentos nos projetos ultrapassam R$ 2 bilhões.
Segundo executivo ouvido pela Folha, a Chesf foi agressiva nos leilões realizados no passado, oferecendo deságios que ultrapassaram 50% do preço inicial, tirando as empresas privadas da competição.
Mas agora a empresa estaria com dificuldades de bancar todos os investimentos e atrasando os cronogramas.
A Chesf informou, por meio de sua assessoria, que normalmente os atrasos são por conta de demora no licenciamento ambiental e não por falta de fôlego para investimentos.
Com os atrasos nos projetos de transmissão, as usinas hidrelétricas ficam prontas mas não conseguem levar a sua energia aos mercados consumidores.


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