São Paulo, segunda-feira, 03 de outubro de 2011

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'Economia real será uma saída', diz gestor

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

Gestores têm visões diferentes sobre a melhor maneira de o investidor se proteger contra a inflação.
"A tendência do investidor será correr para a economia real", diz Luis Fernando Pessôa, da Local Invest.
Para esse gestor, fundos imobiliários e de "private equity" (projetos empresariais) tendem a ganhar visibilidade no médio prazo.
O mercado de capitais tem uma sigla em particular quando se fala em proteção contra a alta dos preços: NTN-B. É a identificação dos títulos da dívida pública que pagam a variação do IPCA mais juros e que estão acessíveis através do Tesouro Direto ou por meio de fundos de renda fixa lastreados nesse papel.
O Tesouro Direto, no entanto, guarda uma surpresa para investidores incautos: embora não seja comparável aos sustos da Bolsa, sua volatilidade (altas e baixas bruscas) pode surpreender.

PERFIL CONSERVADOR
Rodrigo Dias, gestor de investimentos da Araújo Fontes, aponta fundos lastreados nesses papéis como alternativa para o investidor temeroso da inflação, mas que ainda pretende manter o perfil conservador.
A Anbima, inclusive, criou uma categoria de fundos específica para reunir produtos desse tipo: a categoria Renda Fixa Índice. Analistas ressalvam que esse produto pode ser um pouco mais volátil na comparação dos tradicionais fundos DI ou de renda fixa.
Na comparação entre esses dois fundos, gestores apontam o segundo como a alternativa melhor por ser menos sensível à Selic.
Outra dica é buscar reduzir os "custos" embutidos nessas aplicações, como as taxas de administração, que vão até 4% no varejo.
"O setor está bastante competitivo e ninguém tem o monopólio desses produtos. Cabe ao investidor procurar os fundos que têm menores custos, para forçar a queda das taxas", diz Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica.
Na verdade, o cenário de inflação mais baixa não está descartado, como possível consequência da crise.
"Que a economia mundial vai arrefecer, não há dúvida. A grande questão é saber a intensidade e a velocidade", afirma Eduardo Castro, do Santander.


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