São Paulo, quinta-feira, 03 de novembro de 2011

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Chinesas negociam compra de parte da portuguesa Galp

Empresa prevê ao menos US$ 2,8 bi com venda de fatia de negócios no Brasil

Galp é sócia de quatro campos de petróleo no país -um deles é o Lula, o maior já descoberto pela Petrobras

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

A estatal chinesa Sinopec negocia a compra de parte da portuguesa Galp Energia no Brasil, revelou a agência de notícias Bloomberg. A transação está estimada em pelo menos US$ 2,8 bilhões.
Além da Sinopec, outras duas estatais chinesas, a PetroChina e a Cnooc, estão interessadas na aquisição, segundo a imprensa portuguesa. O quarto concorrente seria a Ipic (International Petroleum Investment Company), dos Emirados Árabes Unidos.
Na semana passada, o presidente da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, disse que espera levantar um mínimo de US$ 2,8 bilhões com a venda de parte de seus negócios no Brasil. A previsão da empresa é fechar um acordo ainda neste mês.
"Estamos neste momento negociando com uma lista reduzida de concorrentes, que nos apresentaram propostas vinculativas [propostas firmes]. A ideia é concluir todo o processo negocial e a escolha da proposta vencedora no curto prazo", disse à Folha, por e-mail, Tiago Villas-Boas, diretor de relações com investidores da Galp. A empresa portuguesa é sócia de quatro campos de petróleo no Brasil.
Um deles é o Lula (ex-Tupi), o maior campo já descoberto pela Petrobras, com reservas estimadas de 6,5 bilhões de barris. O megacampo foi rebatizado no final do ano passado, em homenagem ao ex-presidente, então a dois dias de deixar o poder. A Galp também tem participação no campo Cernambi, com estimativa de 1,8 bilhão de barris em reservas.
No ano passado, a Sinopec pagou US$ 7,1 bilhões por 40% da Repsol Brasil. É o maior investimento chinês no Brasil e o segundo maior do gigante asiático em petróleo no exterior.
Fica atrás apenas da compra da petroleira Addax, que custou US$ 8,3 bilhões e tem reservas de petróleo no Iraque e na África. O outro investimento chinês no petróleo brasileiro veio da estatal Sinochem. Pagou US$ 3,07 bilhões por 40% do campo Peregrino (bacia de Campos) e agora é sócia da norueguesa Statoil.


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