São Paulo, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011

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FOCO

Coreia do Sul investe na exportação de quadrinhos

DIOGO BERCITO
ENVIADO ESPECIAL
A ANGOULÊME (FRANÇA)

Nas planilhas de exportação de quadrinhos coreanos, o Brasil se encaixa na categoria "outros", que movimenta US$ 32 mil (R$ 53 mil) por ano, enquanto a Europa gira US$ 1,6 milhão ao ano.
O país está investindo, porém, para tornar o número expressivo em toda a América Latina. Em janeiro, uma delegação visitou o Brasil, ciceroneada pelo cartunista Bira Dantas, para conhecer o mercado local e entrar com contato com as editoras JBC, Conrad, Devir e Escala Educacional.
O esforço, levado a cabo pela Komacon, a agência coreana de "manhwas" (os quadrinhos do país), faz parte do pacote de investimentos do governo, que dedica anualmente 3 bilhões de wons coreanos (R$ 4,5 milhões) para divulgar os gibis.
Entre os planos da Komacon a curto prazo está fazer uma exposição dedicada aos manhwas neste ano ou no próximo, no Brasil. No médio prazo, há interesse em licenciar os gibis para editoras brasileiras. A Conrad já publica títulos como "Angry", "Ragnarok" e "Model".
"A economia do Brasil está se desenvolvendo, vemos nisso uma oportunidade", diz Park Seok-hwan, gerente de negócios da Komacon, em visita ao festival de quadrinhos de Angoulême.
"Queremos ser uma opção em relação aos mangás", diz, referindo-se aos gibis japoneses que servem de modelo ao mercado coreano.
"O sonho do manhwa é crescer e virar mangá", brinca Marcelo del Greco, editor da JBC, que publica títulos japoneses no Brasil.
A disputa não é apenas no exterior. Os mangás correspondem a 80% do mercado interno de gibis na Coreia do Sul, o que funciona como incentivo à exportação para dar vazão à produção local.
"Há 5.000 artistas disponíveis", relata Han Chang-Wan, professor do departamento de quadrinhos da Universidade Sejong.
"E há 80 cursos universitários sobre manhwas, formando 2.000 estudantes por ano", completa.


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