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VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Produtores de soja e milho têm lucro superior a R$ 1.000 por hectare no PR
Os produtores estão conseguindo, neste ano, duas
coisas quase sempre excludentes: volume e preços.
Com 20% da área já colhida
no Paraná, a produtividade
média da soja está em 55 sacas por hectare. Alguns produtores superam 60 sacas.
Essa boa produção ocorre
em um período de bons preços para os produtores. A saca de soja está a R$ 42, em
média, no noroeste do Estado, 37% mais do que em
igual período de 2010.
Considerando a produtividade média, o ganho dos
produtores chega a R$ 2.310
por hectare, com margem de
78% em relação aos custos
totais, de R$ 1.300.
Os produtores que conseguem 60 sacas por hectare
têm lucro de R$ 2.520, com
margem de 94%.
Esse lucro, no entanto,
ainda não está garantido.
Muitos produtores fizeram
antecipação de vendas, vendendo parte da soja a ser colhida com valores inferiores
aos R$ 42 por saca.
Além disso, a lavoura poderá ser afetada por problemas climáticos na colheita,
uma vez que esta safra está
sob o efeito do "La Niña".
A situação do milho não é
diferente. A produtividade
média do Paraná está em 150
sacas por hectare, com preço
de R$ 23 por saca. A renda fica em R$ 3.450 por hectare.
Já que os custos totais estão em R$ 1.900, os ganhos
podem chegar a R$ 1.550 por
hectare. Essa renda pode ser
ainda maior porque alguns
produtores estão obtendo até
170 sacas por hectare.
O desenrolar dos conflitos
nos países árabes pode, ainda, desaquecer a economia
mundial. A manutenção dos
preços do petróleo em patamares elevados pode desaquecer a economia mundial e
segurar os preços das commodities agrícolas.
Disparada O indicador
do Cepea para o algodão
com pagamento em oito
dias (prazo mais utilizado
no mercado) atingiu R$ 4
por libra-peso ontem. Desde 24 de janeiro, os preços
vêm registrando recordes.
Pouco volume A baixa oferta de produto é um
dos motivos da puxada dos
preços, segundo o Cepea. A
alta ocorre mesmo com os
compradores nacionais diminuindo as aquisições nas
últimas semanas.
Devagar A extinção da
Oncca (órgão de controle do
comércio agropecuário na
Argentina) provoca problemas pontuais nos embarques de carne suína para
aquele país, segundo Pedro
de Camargo Neto, da Abipecs (associação do setor).
Falta comando Com o
fim da Oncca, licenças de
importação pararam de ser
emitidas. Apesar de a presidente Cristina Kirchner ter
anunciado a transferência
das atribuições para o Ministério da Fazenda, ainda
não está claro quem terá autoridade para a emissão.
Indústrias vendem menos
máquinas agrícolas no ano
Apesar da boa perspectiva
de renda dos produtores agrícolas neste ano, as vendas de
tratores e de colheitadeiras
feitas pelas indústrias às concessionárias estão em queda.
Informações do mercado
indicam que as vendas do
mês passado superaram as
de janeiro, mas, no acumulado do primeiro bimestre,
houve quedas de 20% no repasse de colheitadeiras e de
6% no de tratores.
As indústrias venderam
457 colheitadeiras em fevereiro. Já as vendas de tratores
somaram 4.206 unidades.
Renda maior, renovação
de frota e boas perspectivas
na produção de grãos devem
incentivar as vendas no ano.
Com TATIANA FREITAS e KARLA DOMINGUES
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