São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2011

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Taiwanesa fará tablet no Brasil em 2012

Intenção é estudar o mercado nacional para selecionar parceiros para produção, diz presidente mundial da Asus

Companhia quer liderar entre consumidores 'anti-iPad' no mundo, com tablets que rodam Android, do Google

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

A taiwanesa Asus pretende iniciar a fabricação de tablets no Brasil em 2012.
Em entrevista à Folha, o presidente mundial, Jerry Shen, afirmou que a companhia está avaliando potenciais parceiros para fabricação local terceirizada.
Atualmente a companhia já produz notebooks, netbooks e placas-mãe no país a partir da parceria com a paranaense Visum.
"Para este ano, preferimos analisar o mercado e estudar a melhor estratégia de produção. Mas pretendemos fabricar os tablets no Brasil já no ano que vem", disse.
Há duas semanas no Brasil, Shen apresentou ontem um dos tablets que serão vendidos no mercado nacional até o Natal.
O primeiro deles é o Transformer, com teclado e tela destacável e que é um misto de netbook e de tablet.
O preço estimado para o mercado brasileiro é de R$ 1.500 somente o tablet. Com o teclado de embutir, o preço vai para R$ 1.900.
Em setembro será lançado no país o Slider, tablet com teclado que desliza sob a tela. O preço do aparelho ainda não foi informado.
Com a fabricação local, a empresa planeja aproveitar os incentivos concedidos pelo governo federal para os tablets, que podem cortar o preço do aparelho em até 30%.

ALIADA DO GOOGLE
Conhecida por popularizar os netbooks, a Asus quer ganhar espaço entre os consumidores "anti-iPad".
"Existem atualmente dois grupos de consumidores no mundo: aqueles que são pró-Apple e os que preferem o Android, do Google.
Queremos ser fortes o suficiente para liderarmos entre os usuários do sistema do Google", afirmou o executivo.
Em boa parte dos mercados em que é vendido, o Transformer já está esgotado. Estima-se que a média de vendas chegue a 400 mil aparelhos por mês.
Para Shen, apesar do crescimento dos tablets, ainda existe espaço no mercado para os atuais netbooks.
"Nos mercados emergentes, em que a população ainda busca o primeiro computador, os netbooks podem triunfar. Já nos mercados desenvolvidos, onde o tablet tem a vocação para ser o segundo aparelho, pode haver sobreposição", disse.
O potencial do mercado brasileiro está despertando atenção especial da Asus, que criou uma unidade de pesquisa e desenvolvimento específica de produtos para atender as necessidades locais.
A intenção, segundo Shen, é ser a terceira no mercado nacional em PCs.
Segundo a Folha apurou, a empresa cresceu mais que o dobro do mercado de computadores pessoais no ano passado -35%.
O volume de vendas foi de 13,3 milhões de PCs, segundo a consultoria IT Data. Em 2011, os tablets devem atingir 450 mil unidades no país.


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